Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2024

ISSN 2236-2096

Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários Brazilian Road Implements Industry Yearbook Anuario de la Industria Brasileña de Implementos Viales ISSN 2236-2096 uma publicação da | published by | una publicación de ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários Rua Conselheiro Saraiva, 306 Conjunto 55 - Santana 02037-020 - São Paulo - SP - Brasil Tel. +55 11 2972-5577 www.anfir.org.br

Diretoria | Board of Directors | Directores Presidente | President | Presidente José Carlos Sprícigo Vice-presidentes | Vice-presidents | Vice-presidentes José Carlos Vidoti Sandro Trentin Alcides Geraldes Braga Tesoureiro | Treasurer | Tesorero Leonardo Toigo Rossetti Conselho de Administração | Management Board | Consejo Administrativo Presidente | President | Presidente Lauro Pastre Junior (Pastre) José Carlos Vidoti (Facchini) Rose Ghellery (Fibrasil) Junior Alves (Guerra) Betina Borchardt (HC Hornburg) David Costa (Ibiporã) José Carlos Spricigo (Librelato) Leonardo Linshalm Köhler (Linshalm) Lauro Pastre Junior (Pastre) Sandro Trentin (Randon) Leonardo Toigo Rossetti (Rossetti) Vagner Gomes (Sergomel) Alcides Geraldes Braga (Truckvan) Conselho Fiscal | Audit Committee | Consejo Fiscal Luís Vicentim (Egsa) Kimio Mori (Manos) Celso Wegener (Palmeira) Pedro Lamha Braz (São Pedro) - Suplente Diretor Executivo | Executive Director | Director Ejecutivo Mário Rinaldi DIRETORIA - 2024/2027 BOARD - 2024/2027 | DIRECTORES - 2024/2027

ÍNDICE INDEX | ÍNDICE 6

Palavra do Presidente Um ano promissor 10 A word from the President A promising year 14 Palabras del Presidente Un año prometedor 14 Editorial Tudo dentro dos eixos 16 From the Editors On track 17 Editorial Como tiene que ser 17 Perspectivas Ventos bem mais favoráveis 18 Outlook Much more favorable winds 26 Panorama Vientos mucho más favorables 27 Inovação Recriar pela inovação 30 Innovation Recreating through innovation 36 Inovación Recrear innovando 37 Locação Alugar para lucrar 40 Leasing Lease to make a profit 45 Arriendo Alquilar para lucrar 46 Parceria Movimento acelerado 48 Partnership Accelerated motion 52 Parcería Movimientos acelerados 53 Consórcio Para diferentes estilis de bolso e de gestão 56 Consortium For different budgets and managers 62 Consorcio Para diferentes presupuestos y gestiones 66 Infraestrutura Em estado crítico 70 Infrastructure In critical condition 74 Infraestructura En estado crítico 78 Fenatran Novos recordes à vista 80 New records in sight 82 Nuevos récords a la vista 83 Artigo Reforma tributária: é preciso se preocupar com isso agora? 86 Article Tax Reform: do we need to worry about it now? 89 Artigo Reforma Tributaria: ¿Ya debemos preocuparnos? 90 Equidade Em maior número e (ainda) mais poderosas 92 Equity More numerous and (even) more powerful 97 Equidad En mayor número y (aún) más poderosas 98 Panorama Implementos rodoviários em números Overview Road implements in numbers Visión general Los números de la industria de implementos viales 100 Empresas associadas O mapa da Indústria Brasileira de Implementos Rodoviários Member companies Map of the Brazilian Road Implements Industry Empresas asociadas El mapa de la Industria Brasileña de Implementos Viales 112 Entidades Entidades brasileiras de relacionamento do setor Entities Brazilian road implements industry network Entidades Entidades brasileñas de contacto en el sector 190 Anunciantes Empresas que prestigiam e viabilizam a realização desta edição Advertisers The companies that have made this issue possible Anunciantes Las empresas que dan prestigio y permiten la realización de esta edición 193 7

10 PALAVRA DO PRESIDENTE A WORD FROM THE PRESIDENT | PALABRAS DEL PRESIDENTE Um ano promissor © Librelato

11 Oano de 2023 apresentou um resultado geral na economia melhor do que se imaginava. A inflação ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020, registrando índice de 4,6%, e a taxa Selic começou sua trajetória de queda em agosto, baixando de então 13,75% para 11,75% no final do ano. Para o setor produtor de implementos rodoviários tivemos a consolidação do modelo de mercado com a presença do 4º eixo, produto com maior capacidade de carga, e a expansão das operações de aluguel de equipamentos. Em termos de capacidade de atender o mercado, a indústria mais uma vez soube responder aos desafios que surgiram atendendo a demanda por equipamentos do setor logístico de transportar carga. Nossos principais clientes são os operadores de transporte que atuam no agronegócio e na construção civil, dois dos principais motores de desenvolvimento do Brasil. Portanto, mais um ano em que a indústria de implementos rodoviários desempenhou seu papel de fornecedor de equipamentos essenciais para a movimentação de aproximadamente 60% das cargas terrestres que circulam por nosso País. 2024 começou com alguns sinais positivos importantes para o Brasil. Temos um ambiente de inflação baixa e redução prevista na taxa Selic que pode impactar na oferta de crédito. Há ainda o PAC com investimentos previstos em projetos de desenvolvimento distribuídos em todos os estados brasileiros. E se o consumo das famílias seguir crescendo, a taxa de desemprego baixando e a renda média subindo de patamar podemos ter um ano promissor para os negócios! Outra novidade positiva foi o lançamento do Plano Mais Produção, parte do programa Nova Indústria Brasil, e que tem como meta dar suporte ao setor produtivo para que se torne mais sustentável até 2026. A neoindustrialização vai financiar projetos de empresas comprometidas com a sustentabilidade. No entanto, é necessário que sejam feitas ações para reduzir a inadimplência. O endividamento das empresas é um efeito colateral que pode surgir se a oferta de crédito não for feita de maneira responsável. Além disso, outro aspecto importante que não pode ser negligenciado é a controle dos gastos públicos. A capacidade do governo em impulsionar a economia depende da gestão correta de seus gastos. O descontrole compromete essa capacidade. De qualquer forma, independente dos rumos e reações às medidas econômicas, 2024 é ano de Fenatran. Isso significa que teremos a maior feira de transporte de carga da América Latina reunindo em um mesmo lugar fabricantes de caminhões, autopeças e implementos rodoviários. O evento faz parte do calendário internacional dos negócios de logística e tem sido a cada edição um sucesso sempre maior. A Fenatran é muito mais do que uma exposição de produtos. Consolidou-se como o principal ponto de reunião de transportadores e indústria, gerando negócios milionários a cada edição. Em 2024 esperamos mais um excelente evento e juntos todos trabalharemos para o seu sucesso. Representamos 172 empresas que no ano passado faturaram aproximadamente R$ 14 bilhões. Temos presença como fabricantes de implementos rodoviários em todas as regiões brasileiras. E o compromisso de participar ativamente do desenvolvimento do Brasil. O Brasil produz, a ANFIR conduz! José Carlos Sprícigo Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR

14 El año 2023 presentó un resultado general en la economía mejor de lo que se imaginaba. La inflación quedó por debajo de la meta esperada por primera vez desde 2020, registrando un índice del 4,6%. La tasa Selic empezó a bajar a partir de agosto, del 13,75% para el 11,75% al final del año. Para el sector productor de implementos viales tuvimos la consolidación del modelo de mercado con la participación del cuarto eje - un producto con mayor capacidad de carga – y la expansión de las operaciones de alquiler de equipos. En lo que se refiere a la capacidad de atender al mercado, la industria supo, una vez más, responder a los desafíos que surgieron atendiendo a la demanda por equipos del sector logístico de transporte de carga. Nuestros principales clientes son los operadores de transporte de la agroindustria y construcción civil, dos de los principales motores de desarrollo en Brasil. Vemos, por lo tanto, un año más en el cual la industria de implementos viales cumplió con su papel de proveedor de equipos esenciales para el manejo de, aproximadamente, el 60% de las cargas terrestres que circulan por nuestro país. 2024 empezó con algunas señales positivas importantes para Brasil. Tenemos un ambiente de inflación baja y reducción esperada en la tasa que podría impactar la oferta de crédito. También está el PAC, con inversiones previstas en proyectos de desarrollo distribuidos por todos los estados brasileños. Y si el consumo familiar sigue creciendo, la tasa de desempleo baja y el promedio de ingresos sube al siguiente nivel, ¡podríamos tener un año prometedor para los negocios! Otra novedad positiva fue el lanzamiento del “Plan Más Producción” (Plano Mais Produção), parte del programa “Nueva Industria Brasil”, el cual tiene como meta apoyar al sector productivo para que se vuelva más sostenible hasta 2026. La neo industrialización financiará proyectos de empresas comprometidas con la sostenibilidad. Sin embargo, es necesario tomar medidas para reducir el incumplimiento de pagos. Las deudas corporativas son un efecto secundario que puede surgir si la oferta de crédito no se hace de forma responsable. Además, otro aspecto importante en el que no se puede actuar con negligencia es el control de los gastos públicos. La capacidad del gobierno de impulsar la economía depende de la gestión correcta de sus gastos. El descontrol compromete esa capacidad. De cualquier manera, independientemente del rumbo y de las reacciones a las medidas económicas, 2024 es año de Fenatran. Eso significa que tendremos la mayor feria de transporte de carga de Latinoamérica, reuniendo en un mismo lugar a los fabricantes de camiones, piezas automotrices e implementos viales. El evento forma parte del calendario internacional de los negocios logísticos y tiene cada vez más éxito, edición tras edición. Fenatran va más allá de una exposición de productos. Se ha consolidado como el principal punto de reunión de transportadores e industria, generando negocios millonarios a cada edición. Para 2024, esperamos otro excelente evento, en donde juntos trabajaremos para que sea un éxito. Representamos a 172 empresas que, el año pasado, ganaron aproximadamente 14 billones de reales. Estamos presentes como fabricantes de implementos viales en todas las regiones de Brasil. Y tenemos el compromiso de participar activamente del desarrollo de nuestro país. ¡Brasil produce, ANFIR conduce! José Carlos Sprícigo presidente de ANFIR The economy was better than expected in 2023. Inflation was below the target ceiling for the first time since 2020, at 4.6%, and the Selic base interest rate began to fall in August, from 13.75% to 11.75% at the end of the year. For the road equipment production sector, the market was consolidated with the fourth axle, with a higher load capacity, and the expansion of equipment rental operations. In terms of capacity to serve the market, the industry once again knew how to respond to the challenges that arose by meeting the demand for equipment in the logistics sector for transport cargo. Our main customers are transport operators in agribusiness and construction, two of the main drivers of development in Brazil. So, it was another year in which the road equipment industry played its role as a supplier of essential equipment for the movement of approximately 60% of the land cargo that circulates in our country. 2024 started with some important positive signs for Brazil. We have an environment of low inflation and the Selic base rate is expected to fall, which may impact credit. There is also the Growth Acceleration Program (PAC) with investments planned in development projects in every Brazilian state. And if household consumption continues to grow, the unemployment rate goes down and average income goes up, we could have a promising year for business. Another positive was the launch of the More Production Plan, part of the New Industry Brazil program, which aims to support the production sector to become more sustainable by 2026. Neoindustrialization will finance projects by companies committed to sustainability. However, action must be taken to reduce debt default. Corporate debt can result if credit is not made available responsibly. In addition, another important aspect that cannot be neglected is the control of public spending. The government’s ability to boost the economy depends on the correct management of its spending. Lack of control compromises this ability. In any case, regardless of the directions and reactions to the economic measures, 2024 is the year of Fenatran. This means that we will have the largest cargo transport show in Latin America, bringing together manufacturers of trucks, auto parts, and road implements in one place. The event is part of the international calendar for logistics businesses and has been more successful with each edition. Fenatran is much more than a product exhibition. It has consolidated itself as the main meeting point for transporters and industry, generating millions in deals in each edition. In 2024 we look forward to another excellent event and together we will all work to make it a success. We represent 172 companies that last year had revenues of approximately R$ 14 billion. We have a presence as a manufacturer of road implements in every Brazilian region. And we are committed to actively participating in the development of Brazil. Brazil produces, Anfir leads! José Carlos Sprícigo president of ANFIR PALAVRA DO PRESIDENTE A WORD FROM THE PRESIDENT | PALABRAS DEL PRESIDENTE Un año prometedor A promising year

16 EDITORIAL FROM THE EDITORS | EDITORIAL Tudo dentro dos eixos Esta edição do Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários traz muito boas novidades para o setor em 2024 ou mesmo para os anos imediatamente seguintes. São antevistos nas próximas páginas avanços tecnológicos, de produtos, do mercado interno, das ações externas, de mecanismos de vendas, de infraestrutura e da valorização da mulher como elemento indispensável para a evolução das relações sociais e de qualquer atividade econômica. Entretanto, merece destaque especial a percepção média das principais lideranças da indústria voltada ao transporte de carga e mobilidade. Colhida no primeiro trimestre, ela sinaliza para um 2024 dentro do eixo do crescimento, digamos, responsável. Orgânico. Sem arroubos numéricos, sustentado em premissas econômicas e mercadológicas bem mais realistas do que em outras oportunidades e que quase sempre resultaram em posterior retrocesso. Nada de bolhas. Se elas surgirem, que sejam do champanhe com o qual os dirigentes do setor de transporte de carga esperam comemorar um ano de números sólidos e indicadores da sempre almejada consistente evolução. Boa leitura! Os editores

17 On track This edition of the Highway Implements Industry Yearbook offers very good news for the sector in 2024, and the years ahead. In the following pages, technological advances, products, the domestic and export markets, sales mechanisms, infrastructure, and the valorization of women as an indispensable element in the evolution of social relations and any economic activity are looked at. However, the opinions of the cargo transport and mobility industry leaders deserve special mention. Surveyed in the first quarter, they signal responsible growth, organic growth. These are based on economic and market assumptions that are much more realistic than at other opportunities and which tended to be followed by setbacks. No bubbles are expected. If they do emerge, we hope they are in the champagne the leaders of the cargo transport sector will celebrate a year of solid numbers with. The editors Como tiene que ser Esta edición del Anuario de la Industria de Implementos Viales nos trae muy buenas novedades para el sector en 2024 – e, incluso, para los años inmediatamente siguientes. Las próximas páginas anticipan avances tecnológicos, de productos, acerca del mercado interno, de acciones externas, mecanismos de ventas, infraestructura y del valor que tiene la mujer como elemento indispensable para la evolución de las relaciones sociales y de cualquier actividad económica. Sin embargo, cabe darle un destaque especial a las percepciones de los principales líderes de la industria con respecto al transporte de carga y movilidad. Resultados del primer trimestre señalan que 2024 se encuentra dentro de los ejes de un crecimiento, por así decir, responsable. Orgánico. Sin exageraciones numéricas, apoyado en premisas económicas y mercadológicas mucho más realistas que en otras oportunidades que, casi siempre, resultaron en una posterior marcha atrás. Nada de burbujas. Y si aparecen, que sean del champán de los directivos del sector de transporte de carga celebrando un año de números sólidos e indicadores de la siempre esperada evolución consistente. ¡Disfrute su lectura! Los editores

18 PERSPECTIVAS OUTLOOK | PANORAMA

19 Diante de um cenário macroeconômico mais positivo, projeção é de aumento das vendas em vários segmentos do setor automotivo Alguns estão mais otimistas, outros menos. Certo é que ninguém prevê retrocesso e, no geral, a expectativa é de crescimento na maioria dos segmentos da área automotiva este ano, em especial o de caminhões, que amargou queda em 2023. Também se projeta a continuidade de rentabilidade nas operações ligadas ao transporte. O presidente da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, José Carlos Spricigo, considera positivo para o setor repetir os números do ano passado. Apesar do pequeno recuo de 2,4% no volume negociado, de 154,7 mil para 151 mil unidades, 2023 foi um ano bom, na avaliação do executivo. “Produtos com maior capacidade de carga, como o 4º eixo, ganharam participação no mercado e também cresceram as operações de aluguel”, comenta Spricigo. “Isso significa que, apesar do volume menor, o ano foi rentável, sem prejuízos à capacidade do setor logístico de transportar carga”. Assim como no ano passado, o presidente da Anfir acredita que a procura por reboques e semirreboques deve continuar aquecida este ano, enquanto por carrocerias sobre chassi tende a manter movimento de desaceleração. O segmento de leves, explica o dirigente, foi afetado pela alta das entregas urbanas, que demandam veículos menores, como vans: “Neste caso, é mais difícil repetir o volume de 60,7 mil unidades do ano passado. Certamente é um desafio, mas não descartamos tal possibilidade”. Ventos bem mais favoráveis

22 Já no caso dos pesados, que teve 90,3 mil unidades comercializadas em 2023, alta de 63%, a necessidade de renovação de frota e a tendência de queda dos juros contribuirão para a manutenção dos números positivos. Os segmentos líderes de aquisições de equipamentos rodoviários atualmente são o agronegócio e a construção civil. Entre as oportunidades deste ano, o presidente da Anfir cita a Fenatran: “Tradicionalmente é um evento impulsionador de vendas para o nosso setor e com isso podemos dizer que nossa expectativa para o ano de 2024 é boa”. Além da feira, há os investimentos em obras anunciados no PAC-Programa de Aceleração do Crescimento, estimados em R$ 1,7 trilhão, assim como programas importantes com foco na neoindustrialização. “Para não dizer que tudo são flores, a pulga atrás da orelha é o equilíbrio fiscal. É um grande desafio. Se aumentar impostos e cortar incentivos, os preços sobem e o consumo cai. Na minha avaliação, o melhor caminho é ter um Estado mais enxuto, sem onerar indústria e outros segmentos da economia”. Transporte de carga Assim como aconteceu no mercado de implementos rodoviários, também no transporte como um todo houve segmentos que foram bem e outros nem tanto em 2023, conforme comenta o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi: “É um reflexo da abrangência do setor”. No geral, no entanto, o quadro foi mais positivo do que negativo no ano passado, considerando pesquisa da entidade indicando que mais da metade das empresas ouvidas informaram ter crescido sobre ano anterior. “Apesar do resultado de 2023 não ser considerado ruim, o ânimo do empresário do transporte rodoviário de carga não é de otimismo. A mesma pesquisa mostra que apenas 11% acreditam que o futuro será melhor, contra 34% que acham que a situação deve piorar nos próximos anos”, revela Rebuzzi, lembrando que a alta do PIB próxima de 2% representa menos do que o Brasil precisa para atender sua demanda social. Sobre a necessidade de urgentes investimentos em infraestrutura, há expectativa entre os transportadores de que o governo federal atue firmemente, utilizando também as parcerias público-privadas e incrementando os programas de concessões. “É fundamental para o País que se tenhamos um programa de Estado de curto, médio e longo prazos para que seja garantida a melhoria constante em sua infraestrutura logística, envolvendo todos os modais”, destaca o presidente da NTC&Logística. Dentre os pontos que preocupam o setor, ele cita as dificuldades estruturais que fazem parte da realidade do segmento há décadas, como a baixa qualidade das rodovias e a situação da insegurança por conta dos roubos de cargas. “Há também falta de motoristas e, nesse sentido, o SEST SENAT tem desenvolvido proPERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA José Carlos Sprícigo, presidente da ANFIR © Librelato

23 gramas de incentivo para que novos profissionais se interessem pela atividade”, lembrou o executivo. Quanto a avanços, cita a desoneração da folha de pagamento, fundamental para um setor como o de transporte, considerado um dos que mais gera emprego no Brasil. “Precisamos, também, acompanhar de perto a reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, de modo a manter o setor competitivo e forte para atender o desenvolvimento da economia. Não podemos esquecer que o TRC é uma atividade estratégica, sendo fundamental, inclusive, para a atuação dos demais modais”, conclui o presidente da NTC&Logística. Montadoras A Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de veículos, está otimista em relação ao mercado de veículos leves para 2024 e um tanto mais no caso dos veículos pesados. Pelas projeções da entidade, os negócios com automóveis e utilitários crescerão 5,7%, para 2,3 milhões de unidades, enquanto o de pesados, incluindo caminhões e ônibus, terá alta de 13,6%, para 146 mil unidades. No cômputo geral, a Anfavea estima expansão de 6,1% nos emplacamentos totais, para 2,45 milhões de unidades, de 6,2% na produção (2,47 milhões) e de 0,7% nas exportações (407 mil unidades). “Considerando o cenário macroeconômico com juros em queda, inflação controlada e crescimento do PIB, temos motivos para acreditar em um ano positivo”, destaca o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. “Além dos volumes em alta, celebramos também o programa Mover, uma política industrial moderna e inteligente que garante previsibilidade com o consequente anúncio de investimentos no País.” Leite comenta que até gostaria de errar os números de projeção para menos e ver um mercado na faixa de 2,8 milhões a 3 milhões de unidades. Contudo, só estima que o setor atingirá tal volume daqui três ou quatro anos: “Precisamos de todo o esforço conjunto das empresas e da sociedade para aumentar nossa produtividade, mas acredito que só em 2026 recuperaremos os níveis anteriores à pandemia”. De qualquer forma, o presidente da Anfavea destaca os números positivos do primeiro © NTC&Logística Eduardo Rebuzzi, presidente da NTC&Logística Marcio de Lima Leite, presidente da ANFAVEA © João Luiz Oliveira | Technifoto

24 trimestre deste ano, marcado por variação positiva de 0,4% na produção. Na sua avaliação, é resultado extremamente importante por sinalizar a reversão da estabilidade na área produtiva que vinha predominando até então. O setor, inclusive, tem grandes motivos para comemorar o início de 2024. Ao longo dos primeiros dois meses do ano, as montadoras de veículos leves anunciaram investimentos somados da ordem de R$ 66 bilhões até o final da década. Desde 2021, os aportes acumulados serão de R$ 127 bilhões. Na ponta do mercado Com relação ao mercado de veículos leves, a Fenabrave, representante das concessionárias, acredita em alta bem mais robusta do que a estimada pela Anfavea. Calcula avanço de 12%, praticamente o dobro. Seriam 2,44 milhões de unidades comercializadas no segmento. Quanto aos caminhões, a projeção é de acréscimo de 10%, para 114,6 mil unidades. “Estamos prevendo melhora na oferta do crédito, assim como um ambiente positivo na indústria, que terá mais incentivos para o desenvolvimento de novos produtos a partir do Programa Mover”, avalia José Maurício Andretta Jr, presidente da Fenabrave. O dirigente entende que alguns aspectos vão favorecer particularmente o segmento de veículos de carga, como a total consolidação do Euro 6, a melhora do crédito e a evolução do agronegócio, que mantém o mercado de pesados respondendo pela metade de suas vendas. Autopeças O Sindipeças está projetando crescimento nominal de 4% no faturamento de 2024 em relação a 2023, de R$ 238,2 bilhões para R$ 247,7 bilhões. O investimento também deve ser maior, da ordem de R$ 5,94 bilhões, alta de 2,1% sobre os R$ 5,82 bilhões aplicados no ano anterior, quando houve queda de 13% sobre 2022 (R$ 6,69 bilhões). Entre os dados positivos também está a previsão de aumento no quadro de mão de obra da indústria de autopeças. Ante efetivo de 273,8 mil trabalhadores no final do ano passado, a expectativa é chegar a 279,3 mil em 2024, com alta de 2%. A meta é crescer 8% nas vendas externas, de US$ 9,22 bilhões em 2023 para US$ 9,96 bilhões este ano, e manter as importações em níveis similares com a consequente queda do déficit comercial. José Maurício Andreta Júnior, presidente da FENABRAVE © Fenabrave © Sindipeças Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA

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26 In a more positive macroeconomic scenario, sales are projected to increase without several segments of the automotive sector Much more favorable winds Some are more optimistic, others less so. What is certain is that no one predicts a setback and, in general, the expectation is for growth in most segments of the automotive area this year, especially trucks, which suffered a fall in 2023. Profitability in transportation-related operations is also projected. The president of Anfir, the National Association of Road Implement Manufacturers, José Carlos Spricigo, believes the sector can repeat last year’s numbers. Despite the small, 2.4%, fall in traded volume, from 154,7000 to 151,000 units, 2023 was a good year, in the executive’s assessment. “Products with higher load capacity, such as the fourth axle, have gained market share and rental operations have also grown,” says Spricigo. This means that, despite the lower volume, the year was profitable, without prejudice to the logistics sector’s ability to transport cargo.” Just like last year, the president of Anfir believes that the demand for trailers and semi-trailers should remain strong this year, while demand for bodies on chassis will continue to fall. The light segment, explains Spricigo, was affected by the increase in urban deliveries, which demand smaller vehicles, such as vans: “In this case, it is more difficult to repeat the volume of 60,700 units last year. It’s certainly a challenge, but we don’t rule it out.” In the case of heavy vehicles, sold 90,300 units in 2023, an increase of 63%, the need for fleet renewal and the downward trend in interest rates will contribute to the maintenance of positive numbers. The leading segments for road equipment acquisitions are currently agribusiness and construction. Among this year’s opportunities, the president of Anfir mentions Fenatran: “Traditionally, it is a sales-boosting event for our sector and with that we can say that our expectation for the year 2024 is good.” In addition to the show, there are the investments in work announced in the Growth Acceleration Program (PAC), estimated at R$ 1.7 trillion, as well as important programs focused on neoindustrialization. “Not to say that everything is rosy, the fly in the soup is the fiscal balance. It’s a big challenge. If you raise taxes and cut incentives, prices go up and consumption falls. In my opinion, the best way is to have a leaner state, without burdening industry and other segments of the economy.” Cargo transport - As happened in the road equipment market, there were also segments in transportation as a whole that did well, and others less so in 2023, as the president of NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, comments: “It is a reflection of the scope of the sector”. Overall, however, the picture was more positive than negative last year, considering the entity’s survey indicating that more than half of the companies surveyed reported growth on the previous year. “Although the result for 2023 is not considered bad, the mood among road freight transport entrepreneurs is not optimistic. The same survey shows that only 11% believe that the future will be better, against 34% who think that the situation is likely to worsen in the coming years,” reveals Rebuzzi, noting that in GDP growth close to 2% is less than Brazil needs to serve its social demands. Regarding the need for urgent investments in infrastructure, there is an expectation among transporters that the federal government will act firmly, also using public-private partnerships and increasing concession programs. “It is essential for the country that we have a short, medium, and long-term State program to ensure constant improvement in its logistics infrastructure, involving all modes,” says the president of NTC&Logística. Among the points that concern the sector, he cites the structural difficulties that have been part of the reality of the segment for decades, such as the poor quality of highways and cargo theft. “There is also a lack of drivers and SEST SENAT has developed incentive programs for new professionals to become interested in the activity,” says the executive. As for advances, he mentions the exemption of payroll tax, fundamental for a sector such as transportation, considered one of the ones that generates the most jobs in Brazil. “We also need to closely monitor the tax reform in progress in the National Congress, in order to keep the sector competitive and strong enough to serve the development of the economy. We cannot forget that this is a strategic activity, and is also fundamental to the performance of other modes,” concludes the president of NTC&Logística. Automakers - Anfavea, which represents vehicle manufacturers, is optimistic about the light vehicle market for 2024 and a little more so in the case of heavy vehicles. According to the entity’s projections, automobile and utility vehicle sale will grow by 5.7% to 2,300 units, while the heavy goods business, including trucks and buses, will grow by 13.6%, to 146,000 units. Overall, Anfavea estimates an expansion of 6.1% in total registrations, to 2.45 million units, 6.2% in production (2.47 million), and 0.7% in exports (407,000 units). PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA

27 “Considering the macroeconomic scenario with falling interest rates, controlled inflation, and GDP growth, we have reasons to believe in a positive year,” says Anfavea’s president, Márcio de Lima Leite. “In addition to the rising volumes, we also celebrate the Mover program, a modern and intelligent industrial policy, which guarantees predictability with the consequent announcement of investments in the country.” Leite comments that he would even like to err on the downward projection numbers and see a market in the range of 2.8 million to 3 million units. However, he only estimates that the sector will reach such a volume in three or four years: “We need the joint effort of companies and society to increase our productivity, but I believe that only in 2026 will we recover pre-pandemic levels.” In any case, the president of Anfavea highlights the positive figures for the first two months of this year, marked by an 8.9% increase in production. In his assessment, it is an extremely important result because it signals the reversal of the stability in the productive area that had been predominant until then. The sector also has great reason to celebrate the beginning of 2024. Over the first two months of the year, light vehicle manufacturers announced investments totaling around R$ 66 billion by the end of the decade. From 2021, the accumulated investment will be R$ 127 billion. At the cutting edge of the market - Regarding the light vehicle market, Fenabrave, a representative of dealerships, believes there will be a much more robust increase than that estimated by Anfavea. It calculates growth of 12%, practically double. This means 2.44 million units sold in the segment. As for trucks, the projection is for an increase of 10%, to 114,600 units. “We are anticipating an improvement in the offer of credit, as well as a positive environment in the industry, which will have more incentives for the development of new products from the Mover Program,” says José Maurício Andretta Jr, president of Fenabrave. The leader evaluates that some aspects will particularly favor the cargo vehicle segment, such as the total consolidation of Euro 6, the improvement of credit, and the evolution of agribusiness, which keeps the heavy market accounting for half of its sales. Autoparts - Sindipeças is projecting nominal growth of 4% in revenues in 2024 on 2023, from R$ 238.2 billion to R$ 247.7 billion. Investment is also expected to be higher, at R$ 5.94 billion, an increase of 2.1% on the R$ 5.82 billion invested the previous year, when there was a fall of 13% on 2022 (R$ 6.69 billion). Among the positive data is also the forecast for an increase in the workforce of the auto parts industry. Compared with 273,800 workers at the end of last year, it is expected to reach 279,3000 in 2024, an increase of 2%. The goal is to increase exports by 8%, from US$ 9.22 billion in 2023 to US$ 9.96 billion this year, and to keep imports at similar levels, with the consequent reduction of the trade deficit. Algunos están más optimistas, otros menos. La verdad es que nadie prevé retroceso y, por lo general, se espera crecimiento en la mayor parte de los segmentos del área automotriz este año, especialmente en el de camiones, luego de lamentar caída en 2023. También se proyecta la continuidad de la rentabilidad en las operaciones relativas al transporte. El presidente de Anfir, Asociación Nacional de los Fabricantes de Implementos Viales, José Carlos Spricigo, considera positivo para el sector repetir los números del año pasado. A pesar de la pequeña marcha atrás del 2,4% en el volumen negociado, de 154,7 mil para 151 mil unidades, 2023 fue un buen año, evalúa el ejecutivo. “Productos con mayor capacidad de carga, como el cuarto eje, lograron más participación en el mercado, y también crecieron las operaciones de alquiler”, comenta Spricigo. “Eso significa que, a pesar del volumen menor, fue un año rentable y que no perjudicó la capacidad de transporte de carga del sector logístico”. Así como en el pasado, el presidente de Anfir cree que la demanda por remolques y semirremolques debe seguir activa este año, mientras que la demanda por carrocerías sobre chasís tiende a mantener un movimiento de desaceleración. El segmento de ligeros, explica el dirigente, fue afectado por el aumento de las entregas urbanas, las cuales demandan vehículos más pequeños como furgonetas: “En este caso, es más difícil repetir el volumen de 60,7 mil unidades del año pasado. Seguramente es un desafío, pero no descartamos la posibilidad”. En el caso de los vehículos pesados, que tuvieron 90,3 mil unidades comercializadas en 2023 (aumento del 63%), la necesidad de renovación de las flotas y la tendencia a la baja de intereses contribuirán para mantener los números positivos. Los segmentos líderes en adquisiciones de equipos viales actualmente son la agroindustria y la construcción civil. Entre las oportunidades de este año, el presidente de Anfir menciona la Fenatran: “Tradicionalmente es un evento que impulsa las ventas en nuestro sector, por lo que podemos decir que nuestra expectativa para el año de 2024 es buena”. Frente a un escenario macroeconómico más positivo, se proyecta aumento en las ventas en varios segmentos del sector automotriz Vientos mucho más favorables

28 Además de la feria, habrá inversiones en obras anunciadas en el PAC – “Programa de Aceleración del Crecimiento”, estimadas en 1,7 trillones de reales, y también programas importantes enfocados en la neo industrialización. “Por no decir que todo son flores, la mosca detrás de la oreja es el equilibrio fiscal. Es un gran desafío. Si se aumentan los impuestos y se cortan los incentivos, los precios suben y el consumo cae. En mi opinión, el mejor camino es tener un estado más sobrio, que no sobrecargue a la industria y otros segmentos de la economía”. Transporte de carga - De la misma manera que sucedió en el mercado de implementos viales, en el transporte como un todo hubo segmentos a los que les fue bien y a otros ni tanto en 2023, comenta el presidente de NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi: “Es un reflejo de lo que abarca el sector”. Por lo general, sin embargo, el escenario fue más positivo que negativo el año pasado, considerando un estudio de mercado de la entidad que señaló que más de la mitad de las empresas consultadas informaron haber crecido desde el año anterior. “A pesar de que no se considere malo el resultado de 2023, el ánimo del empresario de transporte vial de carga no es de optimismo. El mismo estudio demuestra que tan solo el 11% piensa que el futuro será mejor, contra los 34% que piensan que la situación debe de empeorar en los próximos años”, revela Rebuzzi, recordando que el aumento del PIB cercano a los 2% representa menos de lo que Brasil necesita para atender su demanda social. Con respecto a necesidades urgentes de inversiones en infraestructura, las transportadoras esperan que el gobierno federal actúe firmemente empleando también alianzas público-privadas e incrementando los programas de concesiones. “Es fundamental para el país que tengamos un programa de estado a corto, mediano y largo plazos, a fin de que se pueda garantizar mejora constante en infraestructura logística, involucrando a todos los modales”, destaca el presidente de NTC&Logística. Entre los puntos que preocupan al sector, él menciona las dificultades estructurales que forman parte de la realidad del segmento desde hace décadas, como la baja calidad de las carreteras y la situación de inseguridad que generan los robos de cargas. “También faltan conductores y, en ese sentido, SEST SENAT ha estado desarrollando programas de incentivos para que nuevos profesionales se interesen por esta actividad”, recuerda el ejecutivo. En cuanto a los avances, menciona la reducción del impuesto sobre la nómina de pagos, fundamental para un sector como el de los transportes, uno de los que más genera puestos de trabajo en Brasil. “También tenemos que seguir de cerca la reforma tributaria que se tramita en el Congreso Nacional, de manera que el sector se mantenga competitivo y fuerte para atender al desarrollo de la economía. No podemos olvidar que la TRC es una actividad estratégica fundamental, incluso, para que los demás modales puedan actuar”, concluye el presidente de NTC&Logística. Fabricantes - Anfavea, entidad que reúne a los fabricantes de vehículos, está optimista con respecto al mercado de livianos en 2024, y otro tanto más en el caso de los pesados. Conforme las proyecciones de la entidad, los negocios con automóviles y utilitarios crecerán el 5,7% (hacia las 2,3 mil unidades), mientras que el de pesados, incluyendo camiones y autobuses, subirá unos 13,6% (hacia las 146 mil unidades). En el cómputo total, Anfavea estima una expansión del 6,1% en las licencias totales (hacia los 2,45 millones de unidades), del 6,2% en la producción (2,47 millones) y del 0,7% en las exportaciones (407 mil unidades). “Considerando el escenario macroeconómico con los intereses en baja, la inflación controlada y el crecimiento del PIB, tenemos razones para creer que este será un año positivo”, destaca el presidente de Anfavea, Márcio de Lima Leite. “Además del aumento de volúmenes, también celebramos el programa “Mover”, una política industrial moderna e inteligente que asegura previsibilidad con el consiguiente anuncio de inversiones en el país.” Leite comenta que, incluso, le gustaría bajar las cifras de proyección y ver un mercado en el rango de los 2,8 millones a 3 millones de unidades. Sin embargo, estima que el sector sólo llegará a dicho volumen en tres o cuatro años: “Necesitamos todo el esfuerzo en conjunto de empresas y sociedad para aumentar nuestra productividad, pero creo que solo recuperaremos los estándares anteriores a la pandemia en 2026”. De cualquier manera, el presidente de Anfavea destaca los números positivos del primer bimestre de este año, marcado por un aumento del 8,9% en la producción. En su evaluación, se trata de un resultado sumamente importante porque señala la reversión de la estabilidad en el ámbito productivo que había estado predominando hasta entonces. El sector, incluso, tiene grandes motivos para celebrar el inicio de 2024. A lo largo de los primeros dos meses del año, los fabricantes de vehículos livianos anunciaron inversiones que suman 66 billones de reales hasta el final de la década. Desde 2021, los aportes acumulados serán de 127 billones de reales. Al borde del mercado - Con respecto al mercado de livianos, Fenabrave, representante de los concesionarios, cree en un incremento mucho más robusto que el estimado por Anfavea. Calcula un avance del 12%, prácticamente el doble: serían 2,44 millones de unidades comercializadas en el segmento. En cuanto a los camiones, se proyecta aumento del 10%, hacia las 114,6 mil unidades. “Anticipamos una mejora en la oferta de crédito y también un ambiente positivo en la industria, la cual tendrá más incentivos para el desarrollo de nuevos productos a partir del “Programa Mover”, evalúa José Maurício Andretta Jr, presidente de Fenabrave. El dirigente analiza que algunos aspectos favorecerán particularmente al segmento de vehículos de carga, como la total consolidación del Euro 6, mejora del crédito y evolución del agronegocio, que mantiene al mercado de pesados respondiendo por la mitad de sus ventas. Piezas Automotrices - Sindipeças está proyectando un crecimiento nominal del 4% en los ingresos de 2024 en comparación con 2023, de 238,2 billones de reales para 247,7 billones de reales. La inversión también tuvo que ser mayor (5,94 billones de reales), aumento del 2,1% sobre los 5,82 billones de reales aplicados el año anterior, cuando hubo una caída del 13% sobre 2022 (6,69 billones de reales). Entre los datos positivos también está la previsión de un aumento de la fuerza laboral en la industria de piezas automotrices. Frente a los 273,8 mil trabajadores a finales del año pasado, la expectativa es llegar a los 279,3 mil en 2024, un aumento del 2%. La meta es crecer unos 8% en las ventas externas, de 9,22 billones de dólares en 2023 para 9,96 billones de dólares este año, y mantener las importaciones en estándares similares con la consiguiente baja del déficit comercial. PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA

30 INOVAÇÃO INNOVATION | INNOVACIÓN Recriar pela

31 Por força de lei ou por iniciativas inovadoras levam a indústria de implementos rodoviários a patamar tecnológico mais elevado © mikeygl | Freepik®

32 IInovação nem sempre é percebida de maneira evidente. Até mesmo definir o conceito provoca confusão, afinal basta o dicionário para dizer que inovar também é renovar, introduzir novidades ou qualquer ideia que expresse mudanças. Mas cabe considerar, por exemplo, alterações visuais de um veículo uma inovação? A verdade mostra que sim. É possível que as novas linhas do design tenham proporcionado mais eficiência aerodinâmica ou promoveram novos processos industriais que reduziram custos. No setor de implementos rodoviários, por exemplo, é bem capaz que os não familiarizados não entendam como a adoção do quarto eixo no semirreboque mudou a perspectiva do transporte rodoviário de carga. Olhos incautos com certeza verão apenas mais um implemento. Mas desde que a Resolução 882 do Contran, de dezembro de 2021, alterou limites de pesos e dimensões de veículos, o segmento pode legalizar uma inovação. Com a regulamentação, os semirreboques de quatro eixos deixaram de ser improvisados por adequações suspeitas para entrar nas linhas de montagens da indústria de implementos. Para o transportador, uma lista de benefícios. A composição veicular com a nova configuração de semirreboque permite capacidade de até 58,5 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC) contra 57 toneladas admitidas em bitrem. Ou seja, mais carga por viagem. Simplificação em nome da redução Depois, se trata de um veículo com apenas uma articulação, o que facilita manobra, reduz consumo de combustível, pode ser atrelado a caminhão-trator 6x2 – em vez da exigência de 6x4 para ser bitrem – e o investimento inicial é menor. Na conta final, mais produtividade por menos custo. A demanda explodiu. Só nas contas da Librelato, nos primeiros seis meses do ano passado foram negociados mais de 1 mil semirreboques configurados com o quarto eixo, volume próximo a todas as entregas da fabricante de 2022. Bem menos perceptível do que um eixo a mais no semirreboque, o setor de implementos rodoviários viverá a partir de janeiro do ano que vem um grande avanço com a obrigatoriedade do controle de estabilidade nas carretas. Chegará nos veículos rebocados como uma das diversas funções que permitem a inteligência do EBS (do inglês, Electronic Braking System). “A tecnologia atende principalmente a segurança. E mais importante, de maneira ativa, independentemente da ação do motorista. O recurso monitora a dinâmica do semirreboque e corrige a trajetória do veículo, caso seja necessário, evitando tombamentos”, resume Flavio Grippe, gerente sênior de vendas para fabricante da divisão Trailer da ZF para a América do Sul. Ecossistema eletrônico embarcado O executivo lembra que além da segurança o EBS traz benefícios com funcionalidades adicionais. Em semirreboques equipados com suspensão pneumática, o controle eletrônico é capaz de calcular o peso da carga, o que permite sua distribuição mais equilibrada sobre a composição ou mesmo suspender eixo no caso de o caminhão estar vazio. “Na prática, o EBS traz economia adicional ao setor de transporte. A tecnologia impacta em menos desgaste de pneus e em menos consumo de combustível ao ter controle apurado no fluxo de ar do compressor”, conta o gerente da ZF. O EBS é importado, mas com a exigência por força de lei Grippe vislumbra a possibilidade de produzir o sistema aqui. “Hoje a demanda INOVAÇÃO | INNOVATION | INNOVACIÓN

33 alcança por volta de 10% da produção de semirreboques, principalmente para responder operações com cargas perigosas.” Eletrificação como espinha dorsal Na Randon Montadora, uma das empresas da Randoncorp, a percepção é que o EBS levará o setor a um novo patamar tecnológico em rota que a companhia desponta. “É um movimento parecido com que aconteceu com o ABS, mas agora a tecnologia agrega mais possibilidades. O módulo eletrônico tem mais capacidade de processamento, o que permite desenvolver novas soluções”, reforça Juliano Pimentel, diretor de tecnologia da Randon. Para o executivo, é um item a mais a trazer valor a inovações que ainda passam por processo de amadurecimento. Casos do eixo eletrificado em semirreboques equipados com painéis fotovoltaicos, exemplos inéditos na indústria de implementos rodoviários do País. “A eletrificação é uma espinha dorsal, que possibilita incluir sistemas adjacentes ao veículo que antes era apenas uma caixa de carga.” Ao extrapolarem a ideia de entregar mais valor as inovações também estão na origem do produto. Nova geração de semirreboques da Randon, por exemplo, passou a ser manufaturada sob o conceito de modularidade e com redução de 70% da solda. “Além de garantir um produto mais leve, o processo viabiliza mais versões. Para o transportador mais versatilidade e menos intervenção de manutenção.” O futuro também pode ser luminoso A exemplo do que a Randon imagina para o futuro ao apresentar protótipo de semirreboque equipado com painéis fotovoltaicos na Fenatran 2022, a Scania encabeça um projeto no qual desenvolve uma composição veicular movida a energia solar. No caso, a propulsão elétrica é gerada pelas células solares do semirreboque acoplado a um cavalo-trator híbrido plug-in. O protótipo opera em condições reais nas estradas suecas com a empresa de transporte Ernst Express. A ideia é contrapor a necessidade de um grande banco de bateria – caro e pesado - a uma solução também limpa, porém, com custos reduzidos. E mais: a experiência na Suécia, se bem-sucedida, pode viabilizar a solução em qualquer outra região, afinal o país não é propriamente conhecido pela luz solar constante, em especial no inverno. De acordo com a fabricante, os testes iniciais indicam potencial de 5% a 10% de economia de combustível e ao menos o dobro em regiões com sol abundante. O projeto também avaliará a possiblidade de o veículo fornecer eletricidade à rede, quando por exemplo, estiver parado na garagem. © SCANIA

36 Innovation is not always evident. Even defining the concept causes confusion, after all, the dictionary says that innovating is also renewing, introducing new things, or any ideas that express change. But should visual alterations to a vehicle be considered, for example, innovation? The truth is they should. It is possible that a new design provides more aerodynamic efficiency, or promotes new industrial processes that reduced costs. In the road equipment sector, for example, it is quite possible that the impact of the adoption of the fourth axle in semitrailers on the outlook for road freight transport has been overlooked by those not familiar with it. The untrained eye sees just another truck. But since Contran’s Resolution 882, of December 2021, changed limits on vehicle weights and dimensions, the segment has been able to make an innovation legal. With the regulation, four-axle semi-trailers are no longer improvised with dubious adaptations and have entered the assembly lines of the implement industry. For carriers, there is a range of benefits. The vehicles with the new semi-trailer configuration have a capacity of up to 58.5 tons of gross combined weight (GVW) compared with 57 tons for a two-wheeler. That’s more cargo per trip. Simplification in the name of reduction - It is then a vehicle with only one articulation, which facilitates maneuvering, reduces fuel consumption, can be attached to a 6x2 tractor truck - instead of the 6x4 requirement to be a two-wheeler - and the initial investment is lower. In the final account, more productivity for less cost. Demand has exploded. In Librelato’s accounts alone, in the first six months of last year, more than 1,000 semi-trailers configured with the fourth axle were sold, a close to all the manufacturer’ deliveries in 2022. Much less noticeable than one more axle on the semi-trailer, the road implements sector will experience a great advance from January next year with the mandatory stability control of trailers. It will come to towed vehicles as one of the many functions that allow the intelligence of the Electronic Braking System (EBS). “The technology is primarily about security. And most importantly, actively, regardless of the driver’s action. The feature monitors the dynamics of the semi-trailer and corrects the vehicle’s direction, if necessary, to prevent tipping,” summarizes Flavio Grippe, Senior Sales Manager for Manufacturer of ZF’s Trailer division for South America. Embedded electronic ecosystem - The executive recalls that in addition to security, EBS offers benefits with additional features. In semi-trailers equipped with air suspension, the electronic control is able to calculate the weight of the load, which allows its more balanced distribution over the composition or even suspend the axle if a truck is empty. “In practice, EBS makes additional savings for the transportation sector. The technology has an impact on tire wear and fuel consumption by having accurate control over the compressor’s airflow,” says the ZF manager. EBS is imported, but with it being required by law, Grippe envisions the possibility of producing the system here. “Today, demand reaches around 10% of the production of semi-trailers, mainly for operations with dangerous cargo.” Recreating through innovation Legislation or innovative initiatives drive the road equipment industry to a higher technological level INOVAÇÃO | INNOVATION | INNOVACIÓN

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