Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2024

33 alcança por volta de 10% da produção de semirreboques, principalmente para responder operações com cargas perigosas.” Eletrificação como espinha dorsal Na Randon Montadora, uma das empresas da Randoncorp, a percepção é que o EBS levará o setor a um novo patamar tecnológico em rota que a companhia desponta. “É um movimento parecido com que aconteceu com o ABS, mas agora a tecnologia agrega mais possibilidades. O módulo eletrônico tem mais capacidade de processamento, o que permite desenvolver novas soluções”, reforça Juliano Pimentel, diretor de tecnologia da Randon. Para o executivo, é um item a mais a trazer valor a inovações que ainda passam por processo de amadurecimento. Casos do eixo eletrificado em semirreboques equipados com painéis fotovoltaicos, exemplos inéditos na indústria de implementos rodoviários do País. “A eletrificação é uma espinha dorsal, que possibilita incluir sistemas adjacentes ao veículo que antes era apenas uma caixa de carga.” Ao extrapolarem a ideia de entregar mais valor as inovações também estão na origem do produto. Nova geração de semirreboques da Randon, por exemplo, passou a ser manufaturada sob o conceito de modularidade e com redução de 70% da solda. “Além de garantir um produto mais leve, o processo viabiliza mais versões. Para o transportador mais versatilidade e menos intervenção de manutenção.” O futuro também pode ser luminoso A exemplo do que a Randon imagina para o futuro ao apresentar protótipo de semirreboque equipado com painéis fotovoltaicos na Fenatran 2022, a Scania encabeça um projeto no qual desenvolve uma composição veicular movida a energia solar. No caso, a propulsão elétrica é gerada pelas células solares do semirreboque acoplado a um cavalo-trator híbrido plug-in. O protótipo opera em condições reais nas estradas suecas com a empresa de transporte Ernst Express. A ideia é contrapor a necessidade de um grande banco de bateria – caro e pesado - a uma solução também limpa, porém, com custos reduzidos. E mais: a experiência na Suécia, se bem-sucedida, pode viabilizar a solução em qualquer outra região, afinal o país não é propriamente conhecido pela luz solar constante, em especial no inverno. De acordo com a fabricante, os testes iniciais indicam potencial de 5% a 10% de economia de combustível e ao menos o dobro em regiões com sol abundante. O projeto também avaliará a possiblidade de o veículo fornecer eletricidade à rede, quando por exemplo, estiver parado na garagem. © SCANIA

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