Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2020

34 Qual síntese o senhor faz dos 40 anos da ANFIR? Podemos dizer que saímos de uma situação de dispersão setorial, onde cada empresa era um agente individual de mercado, para uma comunidade industrial forte. Hoje, como enti- dade, somos representativos do setor e temos capacidade para expor e defender os interesses do segmento de transporte rodoviário de cargas e seus fabricantes de forma organizada, perante a sociedade e nos mais diversos níveis de gover- no. Participamos de maneira ativa no processo de modernização e aumento de segurança do transporte rodoviário de carga e promovemos a importância do nosso setor na economia brasi- leira.  Quais são ainda os maiores empecilhos ao desenvolvimento do setor? Os grandes empecilhos para o desenvol- vimento do setor estão fora dele. O principal é o desempenho da economia brasileira, que vai muito além do resultado do PIB, que eviden- temente conta bastante. Para as indústrias do setor, é essencial que outros segmentos de ne- gócios da economia brasileira se desenvolvam de forma sustentável. Dessa forma, a indústria pode diversificar suas vendas, explorando mais modalidades de mercado e distribuindo melhor seu faturamento sem concentrar os negócios em um único modelo de implemento rodoviário. Por isso é importante termos a construção civil, o comércio de alimentos, de bens de consumo e prestação de serviços urbanos, como coleta de lixo, para citar alguns exemplos, expandindo suas operações de maneira consistente ao lado do setor agrícola, que nos últimos anos tem sido o grande motor de desenvolvimento da indús- tria de implementos rodoviários.  É possível afirmar que o setor se profissio­ nalizou e se qualificou dentro daquilo que se esperava ou há ainda o que avançar? Realmente, o setor hoje está profissiona - lizado e desenvolvido. Houve uma evolução muito grande neste sentido. Mas acredito que a evolução deve ser uma constante e as empre- sas fabricantes não têm medido esforços para andar neste caminho. E a ANFIR acompanha estes passos todos os dias. Há cinco anos, por exemplo, não se pensava em termos um pro- grama de suporte à exportação e hoje temos o MoveBrazil com a ApexBrasil. Então sempre há o que avançar.  Tecnologicamente, como o senhor definiria a indústria de implementos no Brasil diante de outros polos produtores? Estamos em pé de igualdade com os melho- res centros produtores de implementos rodo- viários do mundo. Nossa tecnologia e padrões de qualidade têm acompanhado a dos países desenvolvidos, fabricando produtos adequados a cada país e mercado que participamos, tanto no que se refere aos implementos como às auto- peças. Nossa tecnologia avança para otimizar o transporte de carga ao mesmo tempo em que o torna mais seguro.  A ANFIR tem hoje cerca de 130 associadas e perto de 900 outras empresas afiliadas. Quais as principais diferenças entre as duas categorias? A empresa associada tem direito a todos os benefícios que a entidade oferece, como, por exemplo, valor diferenciado na aquisição do metro quadrado de exposição na Fenatran, participação no MoveBrazil e no programa Mais Alimentos, trazer suas necessidades e dificulda - ENTREVISTA | INTERVIEW | ENTREVISTA

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=