ANFIR | 35anos
ANFIR | 35 anos 77 novos sócios para injeção de capital. Os rumos da empresa, no entanto, não mudaram e os irmãos Rossetti, já então sócios minoritários, decidiram sair. Em junho de 1997 a Rossetti é criada, mas apenas no papel, sem que a Iderol fe- chasse. Sua falência foi decretada em 1999, dois anos depois da saída dos quatro irmãos Rossetti, que ficaram com o imóvel de Betim – mas não com a fábrica – e como monta- dores da Iderol. Mas essa situação durou pouquíssimo tempo – as coisas não correram bem, embora o mercado não estivesse ruim. Vasco lembra: “Vendíamos produtos, mas a fábrica de Guarulhos não entregava. E como a Iderol não tinha condições de atender aos pedidos, decidimos voltar a fabricar”. Sem dinheiro, segundo Vasco “com uma mão na frente e outra atrás”, compra- ram máquinas usadas e deram vida à Rossetti. Leonardo Toigo Rossetti, filho de Vasco, com quem divide a direção da Rossetti Equipamentos Rodoviários e é tesoureiro da ANFIR, atribui o renascimento da empresa à boa fama e ao passado laborioso do pai, que granjeou enorme respeito entre clientes e fornecedores. “Todos sabiam que, apesar das dificuldades financeiras, os compromissos as- sumidos pela Iderol foram todos mantidos e os produtos entregues. Assim ele saiu com o nome 100% limpo. Esse voto de confiança de fornecedores e clientes foi fundamen- tal para que a Rossetti recomeçasse com sucesso e conseguisse reconquistar todos os clientes da Iderol”, pondera. “Com as máquinas usadas começamos a construir uma caçambinha aqui, outra ali e as coisas voltaram a fluir novamente”, relembra Vasco, que em 1997 comemorava seu 65º aniversário natalício e recomeçava novamente sua vida profissional. Leonardo começou na Rossetti em 2000, com dezoito anos: “Na verdade, foi em janeiro de 1997, mas fui admitido oficialmente em 2000, após o mundial do Corinthians, no Rio de Janeiro”, disse, lembrando que em 1999 a empresa alugou o imóvel no bairro Bonsucesso, em frente ao Shopping Center Bonsucesso, em Guarulhos. “Em 2001, conseguimos comprar definitivamente esse imóvel. O de Betim con- tinuou nosso e em 2011 fizemos nossa terceira unidade, uma fábrica também em Itaqua- quecetuba (SP), que fica a 5 quilômetros da fábrica de Guarulhos. Aquela fábrica alimenta as outras duas. Inovamos com o lançamento da primeira caçamba meia-cana do Brasil. Já havia na Europa, mas aqui era novidade”, destaca Leonardo, lembrando que a empresa chegou a contar com 1,5 mil funcionários nessa sua nova fase, mas, por causa da crise atual, ficou com 1,1 mil empregados. “Antes da fábrica de Itaquaquecetuba, o fluxo de produtos era Betim-Bonsu- cesso: os kits de caçambas, as caixas, vinham de Betim. O mercado ia bem, vendíamos para as principais construtoras do País, a economia andava bem. Precisávamos de mais espaço para aumentar nossa capacidade produtiva. Foi quando alugamos esse imóvel em Itaquaquecetuba e levamos a produção de Betim para lá, onde hoje só entram chapas de aço e os caminhões de fornecedores. Betim e Guarulhos funcionam como montadoras e o núcleo da produção ficou concentrado em Itaquaquecetuba”, concluiu Leonardo.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=