ANFIR | 35anos
ANFIR | 35 anos 74 Pela porta do Senai Filho de Angelo Rossetti e Cornélia Rossetti – brasileiros, filhos de italianos, ra- dicados na Serra Gaúcha –, Vasco teve que trabalhar desde cedo para ajudar no sustento da família. “Meu pai era chefe de construção, mestre de obras, e minha mãe, coitada, com quatorze filhos, mal tinha tempo de respirar”, disse Rossetti, enfatizando que todos os irmãos nasceram com saúde, perfeitos. Vasco estudou em Caxias, completou o primário. Depois, como a maioria dos meninos pobres da sua época, deixou a escola para procurar emprego e ajudar nas con- tas da casa. Foi numa dessas andanças que tropeçou no Senai, novidade na cidade e em muitas cidades em 1947. “Fui lá, tinha quatorze anos. Formei-me com dezesseis anos e meio, em 1949. Trabalhava três dias e em outros três dias, estudava. Tornei-me ferramenteiro, só que queria mesmo ser torneiro mecânico, fresador, curso para o qual não havia mais vagas. Meu tio Vicente Di Antoni, irmão da minha mãe, tinha uma oficina e trabalhei lá até os dezoito anos, em 1950”, detalha Rossetti. Nessa idade, como de praxe, teve que servir o Exército. Seguiu para Porto Ale- gre, onde permaneceu um ano. As amizades que fez no quartel e a cidade agradaram, embora Rossetti tenha retornado a Caxias do Sul. Encontrar trabalho não era fácil na Caxias de 1951, quando energia elétrica era escassa na região – aliás, grande parte do Brasil vivia racionamento. Ainda assim acabou encontrando emprego como torneiro. Entrou em uma oficina da qual ele nem mesmo lembra o nome, a não ser que era pequena, tinha apenas oito empregados. Trabalhou nela durante quatro anos, sempre como torneiro. No momento que assumiu o setor de torne- Vasco Rossetti: boa fama e passado laborioso Foto: L.A. Michelazzo
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