52 a partir do comportamento da economia local e mundial nos próximos meses. “Itens como câmbio, renda, crédito e outros fatores conjunturais, de contexto econômico e político, influenciam nos negócios da distribuição de veículos, o que dificulta, neste momento, fazer prognósticos precisos para um período mais longo”, concluiu. Autopeças investirão mais Também o Sindipeças reavalia projeções de acordo com o comportamento da economia e do próprio setor automotivo. A entidade atualizou suas metas em janeiro, projetando crescer 4% em faturamento, de R$ 261,5 bilhões em 2024 para R$ 272 bilhões em 2025. Os investimentos das empresas de autopeças em 2024 superaram a expectativa de R$ 6,2 bilhões e atingiram R$ 6,4 bilhões, com alta de 10% sobre 2023. Os recursos para este ano, inicialmente previstos em R$ 6,3 bilhões, passaram a R$ 6,6 bilhões, 3,1% a mais do que no ano passado. O aumento dos aportes tem clara conexão com o programa do governo federal Mover, que concede incentivos para pesquisa e desenvolvimento, e também para atender a produção de novos modelos híbridos no País, inclusive por parte de marcas que começarão ter operações fabris locais este ano. Quanto às expectativas para 2025, o presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, cita alguns desafios que o País está enfrentando e que podem recrudescer, dentre eles a deterioração da situação fiscal do País, da qual a elevação dos juros é uma consequência cruel para todos, e redução da atividade econômica, com repercussão nos níveis de produção e de emprego. “Além disso, tem o aumento das importações de autopeças e de veículos, por vezes estimuladas pela demora na reação do governo, como o caso da recomposição do Imposto de Importação para veículos elétricos e eletrificados”, comenta Sahad, lembrando também da quantidade insatisfatória de recursos para estímulos aos investimentos em inovação. “Eles existem por meio de programas como o Mover, mas são insuficientes.” Quanto aos impactos das medidas adotadas pelos Estados Unidos, o presidente do Sindipeças diz que a questão é complexa e está sendo minuciosamente estudada pelos técnicos da entidade: “Aparentemente, é pequena a quantidade de posições tarifárias referentes a autopeças”. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA © Abipeças-Sindipeças
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=