11 O ano de 2024 foi desafiador para a indústria de implementos rodoviários, mas mesmo assim, ao final, obtivemos resultado positivo bastante satisfatório. A economia brasileira cresceu em 2024 devido a diversos fatores, como o aumento do emprego, a alta da renda e o crescimento do consumo interno. Como todos devem lembrar, no início de 2024 esperava-se um Produto Interno Bruto (PIB) menor, mas os números foram sendo revisados seguidamente para cima em virtude da força da demanda doméstica e do aumento do consumo das famílias. Em paralelo, porém, todos vimos que no ano a inflação foi pressionada para acima do teto da meta do Banco Central, forçando a retomada do aumento do ciclo de alta dos juros, com a Selic encerrando 2024 em dois dígitos. Altos e baixos, nenhuma novidade para quem opera no Brasil e por isso sempre exige de todos muita cautela nos investimentos e atenção nas medidas oficiais. A boa nova foi que, nesse ambiente de economia aquecida e PIB positivo, o nosso mercado cresceu 5,4% em 2024 com relação ao exercício anterior. O resultado ficou dentro da expectativa da ANFIR, mantendo a curva positiva de crescimento mesmo com alguns segmentos registrando resultado desfavorável. O setor de Carroceria sobre chassi consolidou sua recuperação ao crescer 16,3%. Historicamente o volume de vendas do setor Leve sempre foi maior que o de Pesados e pelo desempenho registrado em 2024 a curva de emplacamentos continuará ascendente, já que ainda há muito o que crescer. O resultado positivo refletiu o aquecimento da economia urbana, da necessidade de movimentação de cargas nas cidades e demais operações como construção civil. Por isso, em 2024 se destacaram os segmentos Graneleiros, Carga Seca, Baú Alumínio, Frigorífico e Betoneira. Em termos de volumes, as empresas entregaram ao mercado doméstico 70.604 produtos ante 60.719 em igual período de 2023. O segmento de Reboques e Semirreboques vinha de avanços seguidos e a pequena retração registrada em 2024, de 1,9%, é considerada como acomodação do mercado, consolidação das vendas do segmento em patamar elevado. Os destaques foram os produtos Porta Container, Baú Carga Geral de Alumínio e Lonado, Tanques de aço carbono e ainda Baú Frigorifico. No total, foram emplacados 88.599 Reboques e Semirreboques ante 90.322 unidades um ano antes. Para 2025, a nossa expectativa é de que o mercado apresente ligeiro avanço, no mínimo repita os volumes de emplacamentos do ano passado. Isso significa distribuirmos ao mercado interno cerca de 90 mil unidades de Reboques e Semirreboques e aproximadamente 75 mil de Carrocerias sobre chassis. O programa MoveBrazil prosseguirá este ano com ações que deverão incentivar ainda mais a presença do produto brasileiro no mercado internacional. Com as ações do convênio celebrado com a ApexBrasil, somadas ao trabalho de nossos associados que entenderam que exportar é atividade importante para a empresa, estimamos que as exportações em 2025 deverão ficar em torno de 3.700 unidades. O PIB de 2025, na visão do Banco Central divulgada em janeiro, poderá crescer acima de 2%. O Banco Mundial estima em 2,2%. Poderá ser mais, poderá ser menos porque a economia é como o oceano, profundo e em constante movimento. Se depender da indústria de implementos rodoviários, veremos o gráfico do PIB com curva ascendente. Porque já ajustamos nossas bússolas na direção do crescimento e no que o País precisar, em termos de transporte rodoviário de cargas, pode, como sempre, contar conosco. O Brasil produz, a ANFIR conduz! José Carlos Sprícigo Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR
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