Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2022

16 EDITORIAL FROM THE EDITORS | EDITORIAL Foi para lá de desafiador, mas o pantanoso trajeto de 2021 foi cumprido pela indústria nacional de implementos rodoviários com desempenho que só confirma a resiliência de um setor que tem em seu currículo outros tantos períodos de adversidades igualmente superados. Então como não comemorar vendas de 162,6 mil implementos negociados no mercado interno, 33,4% acima do total registrado em 2020? O resultado superou a melhor estimativa da própria ANFIR, que até novembro projetava que cerca de 156 mil unidades poderiam chegar às ruas no transcorrer dos doze meses. José Carlos Spricigo, presidente da entidade, entende que o desempenho confirmou que o setor soube aproveitar as oportunidades de mercado, apesar da continuidade das intempéries geradas pela pandemia da Covid-19 e que já impactavam a economia desde o ano anterior. E não só. Spricigo lembra que a indústria de implementos, assim como a de outros segmentos, teve que driblar simultaneamente também, em diversos momentos de 2021, a falta de matérias-primas e componentes. “Mas as empresas acabaram achando soluções”, comemora. Os emplacamentos de Pesados, representados por Reboques e Semirreboques participaram com 55,5% das vendas. No caso, o mercado transportador absorveu 90,3 mil unidades de modelos da categoria em 2021, alta de 34% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando fechou com 67,4 mil veículos entregues. As entregas de Carrocerias sobre Chassi, implementos classificados como Leves, somaram no ano passado 73,3 mil produtos, volume 32,8% superior ao apurado um ano antes, de 54,5 mil unidades. Fatores externos como o aumento da imunização em escala nacional e o desempenho positivo contínuo do agronegócio, da construção civil e do e-commerce contribuíram para o resultado, avalia a ANFIR. “A partir dessa conjuntura houve a evolução natural, ao longo do ano, no ritmo de emplacamentos. A cada trimestre o desempenho cresceu. A pequena redução registrada no quarto período com relação ao terceiro pode ser atribuída ao calendário que apresentou menos dias de trabalho.” Assim, até mesmo as exportações reagiram. E reagiram muitíssimo bem! Ao longo do ano passado, deixaram o Brasil rumo a diversos mercados sul-americanos nada menos do que 5.064 implementos contra 2.513 em 2020. Ou seja, uma evolução superior a 100%! Spricigo antevê que essa reação registrada em 2021 seja consolidada no transcorrer deste ano. O presidente da ANFIR nutre expectativa de que o mercado interno possa avançar cerca de 10%, um índice menor do que o do ano passado, mas sobre uma base comparativa muito mais forte e que pode sinalizar a sustentação de uma curva novamente ascendente para a indústria nacional de implementos! Os editores Agora sobre bases mais fortes Após superar um ano difícil como poucos, a indústria de implementos espera novo crescimento em 2022

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