46 A volta do consumo sem medo das famílias, aliás, promete, no médio prazo, girar uma cadeia logística que, no fim das contas, fomenta negócio em veículos e implementos. Resistente à crise, o segmento de e-commerce, e sua profusão de entregas, anotou, em 2016, crescimento de 11%, para um faturamento de R$ 53 bilhões ao somar mais de 179 milhões de pedidos. Empurrão de 12% Para 2017 a expectativa não é diferente. Segundo projeção da ABComm, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o setor deverá registrar mais um expressivo aumento de 12%, elevando sua receita para R$ 59,9 bilhões, e acumular mais de 200 milhões de pedidos nas lojas virtuais. A expectativa anima fabricantes de veículos, principalmente aqueles que produzem comerciais leves, mais adequados às operações de distribuição de carga urbana e desimpedidos das restrições de circulação nas ruas de grandes cidades. De acordo com as contas da Mercedes-Benz, por exemplo, as vendas de veículos comerciais leves deverão crescer de 5% a 10% este ano. O segmento, é bom frisar, reúne modelos com capacidade de carga de 3,5 a 5 toneladas. Os negócios de furgões, calcula a montadora, aumentarão nesse mesmo ritmo de 5% a 10%, mas para os chamados cabine-chassi é esperada variação mais vigorosa, algo entre 10% e 15%. “O segmento de veículos leves de carga ganha cada ano mais relevância no setor de transporte de carga”, destaca Werner Schaal, gerente sênior de marketing e vendas vans da Mercedes-Benz do Brasil. “Há cerca de cinco anos, a participação das vans nas vendas do segmento era de 60%, enquanto furgões e cabine-chassi respondiam por cerca de 40%. Hoje essa relação é justamente oposta.” Schaal ainda revela outro dado que se mostra bem na medida dos interesses dos fabricantes de implementos. A participação das vendas de cabine-chassi no mercado de comerciais leves cresceu 15 pontos porcentuais em seis anos. A configuração detinha 9% em 2011 e encerrou o ano passado com polpudos 24%. “Devido à legislação e à própria dinâmica da economia, a distribuição urbana de carga mudou. Além disso, estão aí incluídos outros pequenos negócios com o aumento de empreendedores. Mas basicamente estamos falando de carga fracionada e os cabines-chassi podem atender às diversas demandas, desde as cargas frigoríficas às entregas de material de construção, por exemplo.” Os relatórios de resultados da ANFIR confirmam a crescente força do transporte de carga tendo os comerciais leves como protagonistas. Embora o desempenho não tenha se revelado como desejável para o segmento, dentre a lista de produtos da categoria de carrocerias sobre chassi, os equipamentos do tipo baú, incluindo os frigorificados, foram os que registraram a menor queda nas vendas no ano passado, com quase 16,7 mil unidades negociadas contra 22,8 mil licenciadas no ano anterior. e-COMMERCE | e-COMMERCE | e-COMMERCE Werner Schaal Mercedes-Benz do Brasil © Mercedes-Benz do Brasil
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