Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2017

45 O ambiente do segmento de transporte de carga dos últimos três anos certamente não deixará saudade. Quedas sucessivas da ordem de 30% nas vendas de caminhões também deixaram cicatrizes nos fabricantes de implementos rodoviários. O resultado do ano passado só sublinhou mais uma vez o drama vivido pelo segmento, que já carregava perdas desde 2014. É quase unânime entre os representantes da indústria de veículos pesados, no entanto, que 2017 não poderá ser pior do que 2016. “Ainda não será um ano de grandes compras”, acredita Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “O frotista não baterá na porta atrás de cem, 150 caminhões, mas levará para o pátio uns vinte ou trinta veículos”, ilustra o executivo, profundo conhecedor do comportamento do mercado brasileiro de veículos comerciais. Em meio à crise que abate o País, a linha de frente das empresas justifica as oportunidades ao longo dos próximos meses em uma movimentação da economia que já se mostrava no início de ano. Primeiro a projeção de mais uma safra recorde de grãos, podendo alcançar quase 220 milhões de toneladas, por volta de 17% maior em relação a colheita anterior. Depois, juros e inflação em queda, que barateiam o custo do crédito e aportam mais confiança no consumidor para ir às compras. © Madmaxer | Dreamstime.com®

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