11 Depois de dois anos consecutivos de queda nos negócios as primeiras luzes da recuperação já poderão ser vistas ainda em 2017. A estimativa da ANFIR para este ano é de retomada na atividade da ordem de 10%. Pode parecer pouco diante da retração acumulada, mas, como se sabe, enquanto as quedas são rápidas as ascensões são sempre mais lentas. Essa perspectiva de retomada depois de dois anos de cenário adverso não se trata de exercício de otimismo. Baseia-se na análise do quadro que teremos em 2017 e que sugere não ser absurdo imaginarmos o princípio de um período mais favorável. Um dos sinais que apontam na direção de um ano melhor que os dois anteriores é a própria coordenação da política econômica. A condução das diretrizes para o desenvolvimento do País está em mãos firmes, avessas a malabarismos e bem assentadas na meta de tirar a economia do marasmo. Já se observa a volta da confiança, mesmo que, em termos práticos, alguns negócios ainda demorem para se concretizar. Já trabalhamos com condições mais realistas no crédito, ainda que, sabemos bem, os custos tenham que recuar bastante. Mas com as perspectivas positivas de redução da inflação e das taxas Selic e TJLP, acreditamos que isso acontecerá e, como consequência, haverá maior previsibilidade para os investimentos. Nós da indústria estamos fazendo nossa parte. Depois de promovermos diversos ajustes para adequar os custos à realidade, procuramos abrir mais nossos horizontes comerciais. Dessa visão resultou o primeiro acordo setorial da ANFIR com a Apex-Brasil e inúmeros contatos com empresas do Chile, Colômbia, Peru, dentre outros países da América Latina. A criação desse relacionamento com parceiros latino-americanos resultará em mais negócios em 2017, um alívio para o caixa de nossos associados com perfil exportador. Outro fato importante que, com certeza, animará os negócios do setor será mais uma edição da Fenatran. O maior encontro do setor de transporte de cargas da América Latina é excelente oportunidade para estreitar os laços de parcerias ou mesmo para iniciar novos negócios. Vemos no horizonte finalmente o enfrentamento por parte do governo central das principais mazelas que atrasam o Brasil. Esperamos que ao longo de 2017 possamos contar com legislações mais modernas, simples e que permitam ao setor produtivo focar seus investimentos e estudos no que interessa: produzir e transportar as riquezas do País. Alcides Braga Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR Foto: Cesar Hamanaka
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