40 2016 Artigo Article Já não é novidade que a economia nacional passa por momentos delicados. A desvalorização dos preços de commodities, unida ao desaquecimento da economia de países emergentes, às reiteradas dificuldades em estabelecer fluxos comerciais seguros e ao contexto político interno ditam os desafios para o empresário brasileiro na retomada do crescimento de suas atividades. E não há ninguém melhor do que a indústria para confirmar essas dificuldades. De acordo com Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento real do setor recuou 8,8% em 2015, refletindo também em uma queda de 8,3% de produtividade e de 6,1% na geração de empregos(1). A indústria de implementos rodoviários também não foge à tendência. Por outro lado, o cenário externo tem apresentado realidades econômicas que seguem caminhos diferentes dos brasileiros: 2015 consolidou a recuperação de economias tradicionais na Europa e dos Estados Unidos, a formação de novos e mais abrangentes fluxos comerciais, sobretudo no que tange ao eixo do Pacífico, e a retomada da demanda internacional fora do protagonismo chinês, revelada pela crise nas potências dos emergentes. Todos esses fatores revelam uma abertura de novos mercados no exterior e, quando aliada à alta valorização do Dólar frente ao Real, torna a conjuntura econômica bastante propícia às exportações brasileiras. No entanto, os elevados custos relacionados à produção, principalmente no que tange à carga tributária, dificulta a inserção do produto brasileiro nos mercados externos. Assim, na tentativa de reverter o atual cenário, o Governo Federal lançou, em meados de 2015, o Plano Nacional de Exportações, assumindo comRegime deDrawback: a exportação como a solução para o crescimento Ana Carolina Fernandes Meira e Felipe Rainato Silva* © Romastudio | Dreamstime.com
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