17 2016 de fatores necessários à expansão da economia permaneceu inalterado. Em outras palavras, vale o velho ditado: “não se consegue resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma”. Por aí se pode entender o pragmatismo de Robson Andrade. “Pouco se avançou para a construção de um ajuste fiscal crível e permanente, aliado a mudanças estruturais capazes de impulsionar a recuperação da atividade econômica. Por isso, o cenário para 2016 não é diferente do observado em 2015”, declara. Com base nessa realidade, nas perspectivas delineadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a economia continuará encolhendo nos primeiros meses de 2016. O ano fechará com o Produto Interno Bruto (PIB) em queda de 2,6%, puxado especialmente pela retração de 4,5% na indústria. O desemprego alcançará 11%, o consumo das famílias diminuirá 3,3% e os investimentos cairão 12,3%. Mas, mesmo diante do quadro pessimista, a boa notícia é que o presidente da CNI não parece um derrotista. Pelo contrário. Interpretando sua análise, é possível dizer que há condições de transformar a realidade de ruim para boa. Naturalmente não é tão fácil quanto apertar um botão e obter resultados no dia seguinte. Mas, mudança começa com a coragem – ou o interesse - dos governantes, em todos os níveis e cargos, tanto do executivo quanto do legislativo. Além do mais, essas primeiras iniciativas já seriam suficientes para mudar as expectativas do mercado, criando as condições favoráveis para a volta dos investimentos e, consequentemente, dos benefícios que os acompanham. Para a CNI a economia retomará o rumo da expansão se o Brasil adotar uma agenda baseada em três eixos: medidas de estabilidade macroeconômica, ajuste fiscal de longo prazo e melhoria do ambiente de negócios e da segurança jurídica. “Apenas nesse ambiente a economia voltará a crescer de forma sustentada”, destaca Robson Braga de Andrade. Levando em conta as dificuldades da atualidade, a entidade representante da indústria nacional traçou dois cenários de médio prazo para o Brasil. E ressalta que, ambos dependem das escolhas que o País fará para enfrentar a crise. Veja as probabilidades apresentadas pela CNI: 1. Correção de rota– O país prosseguirá com as mudanças em andamento, aprofundará o ajuste permanente das contas públicas e avançará na agenda de reformas estruturais. “Nesse caso, após um período de ajuste expressivo, a economia gradualmente recompõe a confiança e eleva sua competitividade, sendo possível vislumbrar um novo ciclo de crescimento a partir de 2017.” 2. Ajustes pontuais – O país continua com dificuldades em definir e mudar o atual regime fiscal e tributário e de avançar na agenda da competitividade. Com isso, as incertezas e a falta de confiança permanecem e a economia enfrenta um longo período de estagnação. Simefre: dificuldades Para o Simefre, as perspectivas, dentro do conjunto dos segmentos que integram o setor automotivo, não é nada boa. O quadro pode ainda piorar no médio prazo se não houver investimentos que recuperem – ou reduzam – a defasagem tecnológica do País. “A tecnologia voa de jato, se não hou-
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=