88 2015 do produto. “Existe o gostar de determinadas marcas por causa da qualidade do implemento e do atendimento oferecidos pelo fabricante e por sua rede, principalmente no pós-venda. Então, o consumidor busca essa marca em primeiro lugar”, alega Alarico Assumpção. Porém, quando há uma promoção, mesmo sendo de empresa concorrente, na maioria das vezes o preço vence todos esses fatores. Segundo o presidente da Fenabrave, as promoções não são muito comuns. Elas ocorrem em situações circunstanciais, quando há grande disponibilidade de estoque. Nesse momentomuitos transportadores se apressam, aproveitam a oportunidade e renovam parte de sua frota. Fora do negócio de ocasião, a venda temumprocessomais lento. Mesmo depois de extensas pesquisas o comprador pode ainda demorar até 30 dias para se decidir. A forma de pagamento predominante é o financiamento, com utilização das linhas de crédito do governo federal, com juros e prazos atraentes. No ano passado, por exemplo, elas foram responsáveis por 72% do montante das vendas. Interatividade com a fábrica Mas, para dar ideia de como esse mercado é sensível às variações econômicas, Alarico revela que devido às alterações anunciadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 2015 começou diferente. O crédito restrito e as taxas mais elevadas fizeram com que no primeiro bimestre a venda à vista atingisse patamar de 40%. A alienação fiduciária caiu de 68% (total de 2014) para 50% nos meses de janeiro e fevereiro de 2015, enquanto a reserva de domínio subiu de 4% para 7% no mesmo período. Outra característica do comprador de implemento rodoviário é a interatividade. Ele está sempre se comunicando com o revendedor para fazer elogios, críticas e sugestões de mudanças nos produtos. O distribuidor, por sua vez, apresenta a lista ao fabricante, que mantém alto percentual de atendimento, principalmente quando não se trata de uma reivindicação individualizada, mas de uma melhoria para todos. “Cerca de 50% das sugestões são aceitas e adotadas”, revela Alarico Assumpção. A propósito de contatos e relacionamento, o presidente da Fenabrave assegura que os entendimentos entre fabricantes e distribuidores é positivo. “Para que ambas as partes sintam-se satisfeitas é preciso que estejam no mesmo barco e juntas. Quando um grupo fica no camarote e outro no porão não existe comunicação eficiente, nem entusiasmo, nem prosperidade”, explica. “A inteligência do fabricante o faz compreender que nós somos sua marca no campo, junto ao consumidor. Isso é interessante e produtivo”, comemora. Sobre sua própria sugestão a respeito de inovações nos implementos nacionais, Alarico Assumpção destaca a necessidade do incremento de tecnologia, “tal qual existe nos Estados Unidos e Europa”. Mas, ele mesmo tem dúvida se o consumidor brasileiro está disposto a pagar mais, principalmente em ano de retração na economia, como o de 2015. Nomais, considera que omercado funciona bem e superará as dificuldades. Varejo Retail Cerca de 50% das sugestões dadas pelos compradores são aceitas e adotadas
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