38 2015 Para transportar mais de 60% de todas as cargas e fazer praticamente 100% de entrega no ponto de venda, o Brasil conta com cerca de 2,5 milhões de caminhões. A movimentação de toda essa frota pode ser mais ou menos intensa a cada ano, dependendo de vários fatores. A economia do País é o fator decisivo para os analistas. Mas há segmentos específicos que podem ser “oásis” em tempo de crise e evitar perdas maiores. Nesse sentido, 2015 é emblemático. Apesar do cenário de recessão econômica que caracterizou o início do ano, o segmento de agronegócio – principalmente de grãos – cresceu 3,6%. Não é pouco, levando em conta o montante a ser transportado a mais que na safra passada. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no período 2014/15 os produtores colheram 200,6 milhões de toneladas - 7,06 milhões de toneladas a mais em relação à safra anterior. Imagine quantas viagens serão necessárias para atender esse crescimento! Trata-se de uma grande demanda para caminhões e, em consequência, para os implementos rodoviários. Segundo Mario Rinaldi, diretor executivo da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR), os segmentos que mais impulsionam as vendas são agronegócio, combustíveis (incluindo etanol), carga geral (automotiva e comercial), alimentícios perecíveis, construção civil (cimento, areia e outros materiais de construção), grandes construções e infraestrutura (usinas hidrelétricas, pontes, estradas, portos, aeroportos...). Esses segmentos são responsáveis por cerca de 89% de todas as vendas de implementos rodoviários no Brasil. O ranking é tradicional; há poucas alterações no posicionamento. “Podemos afirmar que ao longo dos últimos 20 anos todos os segmentos acima lideraram nossas vendas, com alguns períodos de mudanças na ordem acima”, salienta o diretor. O setor público é também um grande comprador. Nessa área, o País conta com quase 5.600 compradores – municípios, estados e União. “A área pública tem sua influência direta, nas obras de infraestrutura, e indireta, quando tem foco em determinados nichos. Por exemplo, ao decidir implementar uma política de construção de casas populares, influencia na construção civil”, diz Mário Rinaldi. Desenvolvimento Development Os segmentos quemais impulsionamas vendas são agronegócio, combustíveis, alimentícios perecíveis, construção e infraestrutura
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