Implementos Rodoviários | 2015

138 2015 Sucessão Succession O fundador cria uma empresa a partir de um sonho pessoal e chega ao fim da vida com dificuldade de compartilhar os seus valores e sonhos com a segunda geração. Alguns empreendedores se frustram por não conseguirem repassar seus sonhos e projetos para seus herdeiros. Assim, a passagem de uma geração para outra não trará a continuidade idealizada pelo fundador. Os sonhos da segunda geração precisam ser fruto da trajetória de vida dos herdeiros, e tendo como base os laços familiares. Para isso é necessário que o responsável pelo comando da família encarne os valores que a segunda geração recebeu da primeira. Entretanto, nem sempre o sonho do pai é o sonho do filho. O filho que assumir a gestão da empresa deverá representar claramente os valores da família, que normalmente são: trabalho duro, comprometimento com o sucesso do negócio, disposição para se sacrificar ao cliente e a confiança dos familiares. A estabilidade e a harmonia no relacionamento familiar e a interseção de interesses de longo prazo permitirão atingir o equilíbrio entre os objetivos individuais e os da empresa. A tarefa do fundador é desenvolver uma ideologia estável e coerente. Essa é a base para a construção de uma sólida hierarquia de valores que nortearão as gerações futuras. Um grande perigo para a segunda geração é que esta desenvolva uma cultura de negócio divergente do modelo implantado pelo fundador, ou seja: objetivos obscuros, lealdades divididas e motivação baseada em dinheiro. A hereditariedade não é uma razão para se pertencer a uma empresa familiar. Os valores comuns vêm em primeiro lugar. O segundo fator Pai rico, filho nobre, neto pobre. Domingos Ricca *

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