130 2015 Artigo Article O segundo governo da presidente Dilma surpreendeu a todos com a adoção de políticas econômicas antagônicas ao discurso de reeleição e às políticas praticadas no primeiro mandato. Dentre as mudanças na condução da economia deste novo mandato, muito tem sido discutido acerca da necessidade da implementação do chamado “ajuste fiscal” da economia brasileira, levado adiante pela nova equipe econômica do governo. A necessidade do ajuste na política fiscal se fez devido a deterioração das contas públicas do país, expresso principalmente pelo aumento da dívida bruta a níveis superiores aos pares internacionais. Contudo, a meta do governo é de que esta deve se estabilizar e começar a recuar a partir de 2016. Dentre as medidas adotadas pelo governo, há a pretensão de se alcançar um superávit primário de 1,2% do PIB ainda em 2015 e 2,0% em 2016. Para lograr tais metas fiscais, a princípio, o governo não visa criar novos tributos e sim remodelar a arrecadação através do reajuste de alíquotas dos impostos já existentes e apertar os cintos das despesas discricionárias do governo. Com relação ao plano do governo de conter o avanço sistemático da inflação, juntamente com a maior austeridade fiscal, tem-se executado uma política monetária contracionista, impactando o poder de compra da população através do aumento da taxa básica de juros e dos reajustes Reflexos da política econômica Diego Machado * Foto: Cesar Hamanaka
RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=