Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários 2023

ISSN 2236-2096

Anuário da Indústria de Implementos Rodoviários Brazilian Road Implements Industry Yearbook Anuario de la Industria Brasileña de Implementos Viales ISSN 2236-2096 uma publicação da | published by | una publicación de ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários Rua Conselheiro Saraiva, 306 Conjunto 55 - Santana 02037-020 - São Paulo - SP - Brasil Tel. +55 11 2972-5577 www.anfir.org.br

Diretoria | Board of Directors | Directores Presidente | President | Presidente José Carlos Spricigo Vice-presidentes | Vice-presidents | Vice-presidentes José Carlos Vidoti Wilson Ferri Tesoureiro | Treasurer | Tesorero Leonardo Toigo Rossetti Conselho de Administração | Management Board | Consejo Administrativo Presidente | President | Presidente Lauro Pastre Junior (Pastre) Alcides Geraldes Braga David William da Costa José Carlos Spricigo José Carlos Vidoti Lauro Pastre Junior Leonardo Toigo Rossetti Rose Ghellery Vagner Gomes Wilson Ferri Conselho Fiscal | Audit Committee | Consejo Fiscal Eduardo Lozano (Grimaldi) Junior Alves (Rodofort) Luiz Vicentin (Egsa) Betina Borchardt (HC Hornburg) - Suplente Diretor Executivo | Executive Director | Director Ejecutivo Mário Rinaldi DIRETORIA - 2021/2024 BOARD - 2021/2024 | DIRECTORES - 2021/2024

GRANDES SOLUÇÕES PARA O SEU NEGÓCIO

ÍNDICE INDEX | ÍNDICE 6

Palavra do Presidente Mercado consolidado, futuro de crescimento 10 A word from the President A consolidated market, and a future of growth 14 Palabras del Presidente Mercado consolidado, futuro de crecimiento 14 Editorial Momentos e oportunidades 16 From the Editors Moments and opportunities 17 Editorial Momentos y oportunidades 17 Perspectivas Projeções cautelosas para 2023 18 Outlook Cautious forecasts for 2023 26 Panorama Proyecciones cautelosas para el 2023 27 Fenatran Fenatran deixou resultado muito acima das expectativas 30 Fenatran easily beats expectations 34 Resultados de Fenatran sobrepasaron las expectativas 35 Artigo No setor automotivo, o futuro bate à porta 38 Article The future knocks at the door for the automotive sector 42 Artigo En el sector automotriz, el futuro toca la puerta 43 Tecnologia Inovações da indústria de implementos avançam além da caixa de carga 46 Tachnology Innovations in the implement industry go beyond cargo 50 Tecnología Innovaciones de la industria de implementos avanzan más allá de la caja de carga 51 Produto Semirreboques com quarto eixo avançam 54 Product Semi-trailers with a fourth axle make progress 58 Producto Semirremolques con cuarto eje avanzan 59 Exportações Avanços para o além-mar 62 Exports Advances overseas 65 Exportaciones Avances en el extranjero 68 Locação Amplo potencial de crescimento 70 Leasing Ample growth potential 74 Arriendo Amplo potencial de crecimiento 75 Artigo Compliance tributário: o melhor caminho. 78 Article Tax compliance: the best way. 81 Artigo Conformidad tributaria: el mejor camino. 82 Prêmio Mérito a quem tem 84 Prize On merit 88 Premio Mérito a quien lo tiene 85 Panorama Implementos rodoviários em números Overview Road implements in numbers Visión general Los números de la industria de implementos viales 88 Empresas associadas O mapa da Indústria Brasileira de Implementos Rodoviários Member companies Map of the Brazilian Road Implements Industry Empresas asociadas El mapa de la Industria Brasileña de Implementos Viales 98 Entidades Entidades brasileiras de relacionamento do setor Entities Brazilian road implements industry network Entidades Entidades brasileñas de contacto en el sector 170 Anunciantes Empresas que prestigiam e viabilizam a realização desta edição Advertisers The companies that have made this issue possible Anunciantes Las empresas que dan prestigio y permiten la realización de esta edición 173 7

10 PALAVRA DO PRESIDENTE A WORD FROM THE PRESIDENT | PALABRAS DEL PRESIDENTE © lemonsoup14 | Freepik® Mercado consolidado, FUTURO DE CRESCIMENTO © Librelato

11 Em 2022 a indústria de implementos rodoviários chegou ao equilíbrio. Pelo segundo ano consecutivo nossas vendas ficaram no patamar de 150 mil unidades, marcando dessa forma a recuperação e estabilização de nosso mercado. Para 2023 a previsão é termos um bom ano com vendas de 140 mil unidades. Pode parecer um contrassenso mas não é. As 140 mil unidades que a indústria prevê distribuir ao mercado não representarão queda nos negócios e muito menos falta de produtos para atender a demanda crescente por transporte de mercadorias. Ao contrário, trata-se de um movimento de elevação na qualidade do transporte melhorando sua eficiência. Desde meados de 2022 a indústria oferece a seus clientes o Quarto Eixo, um produto moderno com capacidade para transportar mais carga e, o mais importante, sem perda de segurança. O equipamento pretende substituir o bitrem. Ou seja, ao invés de entregar dois produtos o setor fornece um, porém mais eficiente. Isso é evolução. O cenário macroeconômico apresenta indicativos de que o ano será bom com previsões de crescimento do PIB próximas a 1%. É importante frisar a ligação do setor com o agronegócio que pela primeira vez deve ultrapassar 300 milhões de toneladas de grãos colhidos. Em 2022 a economia entrou em espiral positiva e deverá prosseguir nesse caminho em 2023. Junte-se a isso o fato de termos tido uma excelente Fenatran no ano passado, cujos reflexos positivos deverão se traduzir em vendas ao longo dos próximos meses. No comércio exterior seguiremos com os esforços para ampliar a visibilidade no mercado internacional do implemento rodoviário brasileiro. Exportar já é uma atividade consolidada em nossa indústria que reconhece a importância das ações de promoção comercial como uma alavanca importante de incremento de nosso faturamento, além de expandir a imagem de qualidade do setor no exterior. Este ano o programa MoveBrazil, parceria da ANFIR com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), prevê a realização de várias missões comerciais. A agenda definida pelo Comitê Gestor do projeto setorial MoveBrazil prevê sete ações de promoção de exportações, sendo seis Rodadas de Negócios e uma missão prospectiva. No total, os exportadores brasileiros irão a oito países. A saber África do Sul, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, México, Panamá e República Dominicana. Os desafios como se sabe virão. Alguns conhecidos, outros novos. O importante é estarmos juntos porque associados somos mais fortes e a cada mês mais empresas passam a integrar os quadros da ANFIR. Esse movimento mostra que o associativismo ganha força e que a vontade de ter o setor representado de forma organizada é o desejo crescente nas empresas que participam de nosso mercado. O futuro que temos pela frente será construído com nosso trabalho. Vamos fazê-lo juntos. O Brasil produz, a ANFIR conduz! José Carlos Sprícigo Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR

Inovamos a cada dia para um caminho mais seguro e sustentável. Quando nós produzimos alumínio, pensamos em como nosso produto pode contribuir com os veículos e melhorar o seu caminho nas estradas, combinando performance e segurança, leveza e resistência, economia e resultados. Porque o maior benefício do nosso alumínio é acelerar os seus negócios. Nosso compromisso com a sustentabilidade duplamente certificado pela ASI, nos padrões de Performance e de Cadeia de Custódia, em todas as etapas produtivas, desde a mineração e a fabricação de produtos fundidos até a extrusão e a laminação. Saiba mais em: www.cba.com.br

14 En 2022, la industria de implementos viales llegó a su equilibrio. Por el segundo año consecutivo, nuestras ventas permanecieron en el nivel de las 150.000 unidades, lo que marcó la recuperación y estabilización de nuestro mercado. Para el 2023, la previsión es que tendremos un buen año, con ventas de 140.000 unidades. Puede parecer un disparate, pero no lo es. Las 140.000 unidades que la industria prevé distribuir al mercado no representarán una baja en los negocios, ni mucho menos falta de productos para atender a la demanda creciente por transporte de mercaderías. Al contrario, se trata de un movimiento de elevación en la calidad del transporte, mejorando su eficiencia. Desde mediados del 2022, la industria ofrece a sus clientes el Cuarto Eje, un producto moderno con capacidad para transportar más carga y, lo más importante, sin perder la seguridad. El equipo pretende sustituir el bitrén, es decir, en lugar de dos productos el sector ofrece uno más eficiente. Esto es evolución. El panorama macroeconómico presenta índices de que el año será bueno, con previsiones de crecimiento del PIB cercanas al 1%. Es importante destacar la conexión del sector con la agroindustria, la cual, por primera vez, debe sobrepasar los trescientos millones de toneladas de granos cosechados. En 2022, la economía entró en una espiral positiva y deberá seguir por ese camino en 2023. A eso se le suma la excelente Fenatran del año pasado, cuyos reflejos positivos se traducirán en ventas a lo largo de los siguientes meses. En el comercio exterior, mantendremos los esfuerzos para ampliar la visibilidad del implemento vial brasileño en el mercado internacional. Exportar ya es una actividad consolidada en nuestra industria, la cual reconoce la importancia de las acciones de promoción comercial como una importante palanca para aumentar nuestros ingresos, además de expandir la imagen de calidad del sector en el extranjero. Este año, el programa “MoveBrazil”, alianza de ANFIR con ApexBrasil (Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones), prevé la realización de varias misiones comerciales. La agenda definida por el comité gestor del proyecto sectorial MoveBrazil prevé siete acciones de promoción de exportaciones: seis rondas de negocios y una misión prospectiva. En total, los exportadores brasileños irán a ocho países, a saber, Sudáfrica, Chile, Colombia, Costa Rica, Estados Unidos, México, Panamá y República Dominicana. Los desafíos, ya sabemos, vendrán. Algunos conocidos, otros nuevos. Lo importante es estar juntos, ya que asociados somos más fuertes, y, a cada mes, más empresas pasan a formar parte de ANFIR. Ese movimiento demuestra que el asociativismo cobra fuerza, y que las ganas de tener al sector representado de forma organizada es un deseo creciente en las empresas que participan de nuestro mercado. El futuro que tenemos por delante será construido con nuestro trabajo. Hagámoslo juntos. ¡Brasil produce, ANFIR conduce! José Carlos Sprícigo presidente de ANFIR In 2022 the road implement industry reached equilibrium. For the second consecutive year, our sales were 150,000 units, marking recovery and the stabilization of the market. For 2023, the forecast is for a good year, with sales of 140,000 units. It may seem counterintuitive, but it is not. The 140,000 units that the industry plans to distribute to the market will not represent a drop in business, or a lack of supply for growing demand for freight transportation. On the contrary, it is a shift to increase the quality of transport by improving efficiency. Since mid-2022, the industry has offered its customers the Fourth Axle, a modern product with the capacity to carry more cargo and, most importantly, without a loss of safety. The equipment is intended to replace the bi-train. So, instead of delivering two products, there is one, which is more efficient. That is evolution. The macroeconomic scenario indicates good GDP, close to 1%. It is important to emphasize the sector’s link to agribusiness, which for the first time should harvest in excess of 300 million tons of grain. In 2022, the economy entered a positive cycle and is expected to continue on this path in 2023. Add to this the fact that we had an excellent Fenatran last year, whose positive impacts should translate into sales over the next few months. In foreign trade we will continue with efforts to increase visibility in the international market for Brazilian road implements. Exports are consolidated in our industry, which recognizes the importance of trade promotion to increasing revenue, in addition to boosting the image of the sector abroad. This year the MoveBrazil program, a partnership between ANFIR and ApexBrasil (the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency), organizes several trade missions. The agenda defined by the steering committee at MoveBrazil involves seven export promotion actions, six of which are Business Roundtables, and a prospective mission. In total, Brazilian exporters will go to eight countries - South Africa, Chile, Colombia, Costa Rica, the USA, Mexico, Panama, and the Dominican Republic. As we know, there will be challenges - some we know about, and some new ones. The important thing is to be united, and every month more companies join ANFIR. This shows the strength of our membership and the desire to represent the sector in an organized way is growing in companies in our market. The future will be built by our work. Let’s do this together. Brazil produces, ANFIR drives! José Carlos Sprícigo president of ANFIR PALAVRA DO PRESIDENTE A WORD FROM THE PRESIDENT | PALABRAS DEL PRESIDENTE Mercado consolidado, futuro de crecimiento A consolidated market, and a future of growth

16 EDITORIAL FROM THE EDITORS | EDITORIAL O sobe-e-desce nos gráficos de desempenho de qualquer atividade econômica ou produtiva não é exceção, mas sempre indesejável. A previsibilidade é o confortável colchão perseguido por empresas e seus administradores, ainda que difícil de ser alcançada, em especial por aqui. O Brasil, como economia emergente, ainda não se deu a esse luxo de assegurar um caminho pavimentado e sinalizado para que cheguemos lá. Resta, portanto, aproveitar os momentos de ventos e condições favoráveis, por mais curtos que possam parecer, para driblarmos os frequentes percalços e até mesmo dirimir obstáculos estruturais. A indústria de implementos rodoviários teve um 2022 de estabilidade e de continuidade da recuperação. Em 2023, o cenário é, potencialmente, semelhante, ainda que sob novo governo, mudança que sempre acarreta alguma expectativa. De qualquer forma, a julgar pelas opiniões e análises dos principais dirigentes do setor e de áreas coligadas explicitadas neste anuário, não se vislumbra no horizonte próximo grandes sobressaltos. Na verdade, prevalece um otimismo moderado. Que ele se concretize, de fato, em números de vendas e produção dos implementos rodoviários e em tantos outros aspectos essenciais da economia em 2023, 2024, 2025... Boa leitura! Os editores Momentos e oportunidades

17 Moments and opportunities The rises and falls shown on performance charts for any economic or productive activity are normal, but always undesirable. Predictability is the comfortable cushion companies and their managers want, albeit difficult to find, especially in Brazil. As an emerging economy, Brazil has not yet had the luxury of a smooth, signposted route. It remains, therefore, for us 0to take advantage of favorable conditions, however short-lived they may seem, to circumvent the frequent mishaps and even resolve structural obstacles. The road implements industry was stable in 2022 and recovery continued. In 2023, the scenario is potentially similar, but under a new government, which is a change that always involves certain expectations. In any case, judging by the opinions and analysis of the leaders in the sector and related areas in this yearbook, there are no great surprises on the near horizon. In fact, moderate optimism prevails. May it materialize in sales and production figures for road implements and so many other essential aspects of the economy in 2023, 2024, 2025... The editors Momentos y oportunidades El sube y baja en los gráficos de desempeño de cualquier actividad económica o productiva no es excepción, pero sí es incómodo. La previsibilidad es aquel colchón cómodo perseguido por empresas y sus administradores, aunque difícil de alcanzar, especialmente por acá. Brasil, como economía emergente, aún no se da el lujo de tener un camino pavimentado y señalado que le asegure llegar. Queda, por lo tanto, aprovechar los momentos de buenos vientos y condiciones favorables, por más cortos que puedan parecer, para fintar los frecuentes percances e, incluso, resolver obstáculos estructurales. La industria de implementos viales tuvo un 2022 de estabilidad y de continuidad de la recuperación. En 2023 el escenario es potencialmente semejante, aunque bajo un nuevo gobierno, cambio que siempre conlleva alguna expectativa. De cualquier manera, a juzgar por las opiniones y análisis de los principales líderes del sector y áreas asociadas presentes en este anuario, no se vislumbran grandes sobresaltos en el horizonte cercano. En verdad, prevalece un optimismo moderado. Ojalá se concrete efectivamente en números de ventas, producción de implementos viales y en tantos otros aspectos esenciales de la economía en 2023, 2024, 2025... ¡Disfrute su lectura! Los editores

18 PERSPECTIVAS OUTLOOK | PANORAMA CAUTELOSAS Projeções para 2023

19 Fenabrave estima repetir 2022, Anfavea prevê alta de apenas 3% e Sindipeças aposta em receita 6% maior Ao contrário de 2022, que teve seu início marcado pela produção reduzida pela falta de semicondutores, 2023 começou com evidente preocupação dos dirigentes do setor automotivo quanto aos juros altos e às dificuldades para obtenção de crédito, que poderiam afugentar o consumidor das lojas. Os dois primeiros meses mostraram que o receio era procedente e tudo indica que acertaram Anfavea e Fenabrave ao fazer projeções conservadoras para o mercado brasileiro, levando em conta desta vez os problemas de demanda e não de oferta, como aconteceu há um ano.

22 A Fenabrave projeta repetir o mesmo volume de emplacamentos de 2022, que ficou na casa de 2,1 milhões de veículos leves e pesados, enquanto a Anfavea estima crescimento modestíssimo de 3% no total de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus a serem vendidos no Brasil. A produção de veículos no Brasil deve crescer apenas 2,2%, atingindo algo em torno de 2,42 milhões de unidades. A entidade que representa os concessionários preferiu este ano não separar as estimativas para os segmentos de leves e pesados. Já a Anfavea, que representa as montadoras, projeta alta de 4,2% nas vendas de carros e comerciais leves – de 1,96 milhão para 2,04 milhões – e queda de 11,1% nas de pesados, de 144 mil para 128 mil unidades. O recuo, nesse caso, ocorrerá pela introdução da tecnologia Euro 6 em janeiro, que encareceu o preço dos caminhões em cerca de 25%. PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA José Maurício Andreta Júnior, presidente da FENABRAVE © Fenabrave Marcio de Lima Leite, presidente da ANFAVEA © João Luiz Oliveira | Technifoto

23 Ao divulgar em janeiro a visão da entidade para o ano, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que torcia para que as projeções iniciais se mostrassem erradas: “Espero que façamos revisões para cima ao longo do ano e que possamos voltar ao mercado interno da ordem de 2,8 milhões de emplacamentos conquistados em 2019. Mas a princípio somos conservadores”. Para garantir investimentos em produção local, a Anfavea iniciou 2023 negociando uma pauta prioritária com o governo, cujos pontos principais são reindustrialização e fortalecimento da cadeia de suprimentos, descarbonização (eletrificação, biocombustíveis, gás), renovação da frota e inspeção veicular, além de estímulo à P&D, retomada das vendas a prazo, redução do custo Brasil e também do custo tributário, entre outros itens. Também a Fenabrave levou em conta as elevadas taxas de juros e a alta da inadimplência, assim como o crescimento da renda mais limitado em 2023, para fechar as cautelosas projeções deste ano. “Se não tiver nenhuma novidade, repetir os números de 2022 já será um bom resultado”, comentou o presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr. “Ainda há indefinições e precisamos aguardar os próximos meses”, comentou o executivo, referindo-se à troca da equipe econômica a partir de um novo governo. Carga tributária Assim como a Anfavea e a Fenabrave, também o Sindipeças admite que poderá alterar projeções ao longo do ano. A entidade estima, a princípio, um aumento de 6% no faturamento da indústria de autopeças, para R$ 202,7 bilhões. Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, diz que o setor segue firme na busca pela recuperação dos impactos da pandemia de covid-19 e da falta de semicondutores, dentre outros. Ele destaca, contudo, que o Brasil, como acontece no México, poderia estar sendo favorecido pela reorganização das cadeias globais de fornecimento, o chamado nearshoring, isto é, a busca das empresas por diversificar seus fornecedores e trazê-los para mais perto dos principais mercados. “Neste contexto, gostaria de destacar alguns fatores que afetam grandemente a competitividade de todos os setores da indústria nacional. Primeiramente, a questão tributária: nossa carga é de 33%, contra 18% no México. Além disso, precisamos trabalhar no combate à corrupção, na melhoria da segurança jurídica e nos investimentos em infraestrutura para escoar a produção da indústria de forma competitiva”, destacou Sahad. Entre outras projeções, o Sindipeças aposta em vendas externas em torno de US$ 8,5 bilhões, crescimento de 6,3%, e importações próximas de US$ 17,5 bilhões, decréscimo de 12,1%. © Sindipeças Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças

24 PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA Com isso, o déficit comercial será reduzido em 24,4%, baixando de US$ 11,9 bilhões para US$ 9 bilhões. Outro dado positivo refere-se ao quadro de mão de obra no setor, que cresceu 4,2% em 2022, para 277,7 mil colaboradores, e a aposta é de continuidade nas contratações, com pequena alta de 0,5%, para 279,1 mil trabalhadores. As autopeças estimam investir perto de US$ 1,1 bilhão este ano no Brasil. Transporte Sobre as estimativas para 2023, o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, destacou resultado de pesquisa feita pela entidade, na qual constatou-se que a expectativa do setor não é muito boa nem para este ano nem para o próximo: “27% acreditam que o mercado deve melhorar, 33% que vai piorar e 41% que vai permanecer estável”. “Acredito que tais expectativas estejam ligadas à mudança de governo, que trouxe uma dose de incertezas, principalmente na parte econômica”, comenta o dirigente. “Além disso, ainda persiste o problema da guerra entre a Ucrânia e a Rússia e também há dúvidas de como será o desempenho das principais economias do mundo”. De qualquer forma, o presidente da NTC&- Logística diz que o setor espera que o novo governo possa de alguma forma investir mais na infraestrutura rodoviária, eliminando alguns gargalos históricos. “Pelo menos o orçamento anunciado já é bem maior do que o dos últimos anos, estamos esperando que ele seja muito bem aproveitado”, complementou. Pelucio lembrou que o transporte, pelas suas características, depende diretamente do desempenho econômico. “Seu PIB varia de duas a três vezes o PIB brasileiro”, comentou. Sobre os desafios recentes do setor, o executivo comentou que o maior deles foi o repasse para os clientes dos reajustes dos preços dos insumos que ocorreram muito forte, principalmente nos últimos dois anos: veículos (+66,7%), mão de obra (+20,6%) e combustível (+ 71,7%). © NTC&Logística Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística

26 PERSPECTIVAS | OUTLOOK | PANORAMA Fenabrave forecasts the same revenue as in 2022, Anfavea 3% growth, and Sindipeças 6% growth Cautious forecasts for 2023 Unlike 2022, in which production was hampered by a shortage of semiconductors, 2023 began with evident concern from leaders in the automotive sector about high interest rates and difficulties in obtaining credit, which could scare buyers off. The first two months showed this fear was justified and everything indicates that Anfavea and Fenabrave were right in making conservative forecasts for the Brazilian market, with a shortage of demand and not supply. Fenabrave forecasts the same volume of registrations as in 2022, which stood at 2.1 million light and heavy vehicles, while Anfavea estimates very modest growth of 3% in the total number of cars, light commercial vehicles, trucks and buses to be sold in Brazil. Vehicle production in Brazil is expected to grow by only 2.2%, to around 2.42 million units. Fenabrave, which represents dealers, chose this year not to separate estimates for the light and heavy segments. Anfavea, which represents automakers, forecasts a 4.2% increase in sales of cars and light commercial vehicles – from 1.96 million to 2.04 million – and an 11.1% drop in heavy vehicles, from 144,000 to 128,000 units. The fall is down to the introduction of Euro 6 technology in January, which increased truck prices by about 25%. When announcing the entity’s vision for the year, the president of Anfavea, Márcio de Lima Leite, said that he hoped that the initial projections would prove to be wrong. “I hope that we will review the figures upwards throughout the year and that we again see the 2.8 million registrations there were in 2019. But at first we’re conservative.” To ensure investments in local production, Anfavea began 2023 by negotiating a priority agenda with the government, whose main points are reindustrialization and strengthening of the supply chain, decarbonization (electrification, biofuels, gas), fleet renewal and vehicle inspection, as well as stimulating R&D, a return to payments in instalments, reduction of the Brazil cost and tax, among other items. Fenabrave also took into account high interest rates and high default levels, and more limited income growth in 2023, in making this year’s cautious projections. “If there is no news, repeating 2022 will be a good result,” said the president of the entity, José Maurício Andreta Jr. “There are still uncertainties, and we need to wait for the next few months,” said the executive, referring to the change of the economic team in a new government. The tax burden - Like Anfavea and Fenabrave, Sindipeças also admits that it may change its forecasts throughout the year. It initially forecasts 6% growth in revenue for the auto parts industry, to R$ 202.7 billion. Cláudio Sahad, president of Sindipeças, says that the sector remains steady in its recovery from the Covid-19 pandemic and the shortage of semiconductors. He points out, however, that Brazil, like Mexico, could be favored by nearshoring. “In thiscontext, I would like to highlight some factors that greatly affect the competitiveness of all sectors of domestic industry. First, the tax issue: our burden is 33%, compared with 18% in Mexico. In addition, we need to work on fighting corruption, improving legal certainty, and investing in transport infrastructure,” Sahad says. Among other forecasts, Sindipeças expects exports of around US$ 8.5 billion, up by 6.3%, and imports around US$ 17.5 billion, down by 12.1%. The trade deficit will be reduced by 24.4%, falling from US$ 11.9 billion to US$ 9 billion. Another positive is employment in the sector, which grew by 4.2% in 2022, to 277,700 people, and it is expected to increase by 0.5%, to 279,100 people. The auto parts industry is to invest an estimated US$ 1.1 billion this year in Brazil. Transport - Regarding the estimates for 2023, the president of NTC&Logística, Francisco Pelucio, points to a survey by the entity that showed the expectations in the sector are not good neither for this year or next year. “27% believe that the market will improve, 33% that it will get worse, and 41% that it will remain stable.” “I believe that such expectations are linked to the change of government, which has brought about some uncertainty, especially on the economic side,” he says. “In addition, the war between Ukraine and Russia persists and there are also doubts about how the world’s major economies will perform.” In any case, the president of NTC&Logística says that the sector hopes that the new government can somehow invest more in road infrastructure. “At least the announced budget is already much larger than the last few years, and we hope it is used well,” he adds. Pelucio recalled that transportation, by its nature, depends directly on economic performance. “Its GDP varies from two to three times Brazil’s overall GDP,” he says. Regarding the recent challenges faced by the sector, the executive says the biggest has been to pass on steep input price rises to clients, especially in the last two years: vehicles (+66.7%), labor (+20.6%), and fuel (+ 71.7%).

27 Fenabrave estima repetir 2022, Anfavea prevé alta de apenas un 3% y Sindipeças apuesta en ingresos un 6% mayores Proyecciones cautelosas para el 2023 Al contrario del 2022, que empezó con producción reducida por la falta de semiconductores, el 2023 empezó con una preocupación evidente de parte de los dirigentes del sector automotriz con respecto a los altos intereses y a las dificultades para obtener crédito, lo que podría ahuyentar a los consumidores de las tiendas. Los dos primeros meses demostraron que el temor era procedente, y todo indica que Anfavea y Fenabrave estaban en lo cierto al hacer proyecciones conservadoras para el mercado brasileño, considerando esta vez los problemas de demanda y no de oferta - como sucedió hace un año. Fenabrave proyecta repetir el mismo volumen de licencias del 2022, el cual quedó en la casa de los 2,1 millones de vehículos ligeros y pesados, mientras que Anfavea estima un crecimiento modestísimo de un 3% en el total de autos, comerciales ligeros, camiones y autobuses puestos en venta en Brasil. La producción de vehículos en Brasil debe crecer apenas un 2,2% llegando, aproximadamente, a los 2,42 millones de unidades. La entidad que representa a los concesionarios prefirió este año no separar las estimativas para los segmentos de ligeros y pesados. A su vez Anfavea, que representa a los fabricantes, proyecta alta del 4,2% en las ventas de autos y comerciales ligeros – de 1,96 millones para 2,04 millones – y baja del 11,1% en las de pesados - de 144.000 para 128.000 unidades. El retroceso, en este caso, ocurrirá por la introducción de la tecnología “Euro 6” en enero, la cual subió el precio de los camiones alrededor de los 25%. Al dar a conocer en enero la visión de la entidad para el año, el presidente de Anfavea, Márcio de Lima Leite, dijo que esperaba que las proyecciones iniciales estuvieran equivocadas: “Espero que revisemos números hacia arriba a lo largo del año, y que podamos volver al mercado interno de los 2,8 millones de licencias, conquistadas en 2019. Pero, inicialmente, somos conservadores”. Para asegurar inversiones en la producción local, Anfavea empezó 2023 negociando una pauta prioritaria con el gobierno, cuyos puntos principales son la reindustrialización y el fortalecimiento de la cadena de provisiones, descarbonización (electrificación, biocombustibles, gas), renovación de la flota e inspección vehicular, además de estímulo al P&D (investigación y desarrollo), retomada de las ventas a plazo, reducción del costo Brasil y también del costo tributario, entre otros puntos. Fenabrave también considera los intereses elevados y el aumento del incumplimiento de pago, además del crecimiento más limitado de los ingresos en 2023 para cerrar las cautelosas proyecciones de este año. “Si no hay novedades, repetir los números de 2022 ya será un buen resultado”, comentó el presidente de la entidad, José Maurício Andreta Jr. “Aún hay indefiniciones y tenemos que esperar los siguientes meses”, comentó el ejecutivo refiriéndose al cambio en el equipo económico a partir del nuevo gobierno. Carga tributaria - Como Anfavea y Fenabrave, Sindipeças también admite que podrá alterar proyecciones a lo largo del año. La entidad estima, en un primer momento, un aumento del 6% en los ingresos de la industria de piezas automotrices para los 202,7 billones de reales. Cláudio Sahad, presidente de Sindipeças, dice que el sector sigue fuerte en la búsqueda de una recuperación de los impactos de la pandemia del Covid-19 y de la falta de semiconductores, entre otros. Destaca, sin embargo, que Brasil – así como sucede con México – podría verse favorecido por la reorganización de las cadenas globales de suministro, el llamado “nearshoring”, es decir, empresas que buscan diversificar sus proveedores y acercarlos a los principales mercados. “En este contexto, me gustaría destacar algunos factores que afectan grandemente la competitividad de todos los sectores de la industria nacional. En primer lugar, el tema tributario: nuestra carga es de un 33%, contra los 18% en México. Además, necesitamos trabajar en el combate a la corrupción, en la mejora de la seguridad jurídica y en las inversiones en infraestructura para ofertar la producción de nuestra industria de manera competitiva”, destacó Sahad. Entre otras proyecciones, Sindipeças apuesta en ventas externas alrededor de los 8,5 billones de dólares – crecimiento del 6,3%, e importaciones cercanas a los 17,5 billones de dólares, baja de un 12,1%. Con eso, el déficit comercial será reducido em un 24,4%, bajando 11,9 para 9 billones de dólares. Otro dato positivo se refiere a la mano de obra del sector, la cual creció un 4,2% en 2022 – 277.700 colaboradores – y la apuesta es seguir con las contrataciones con una pequeña alza de un 0,5% - para los 279.100 trabajadores. Las piezas automotrices estiman invertir cerca de 1,1 billones de dólares este año en Brasil. Transporte - Sobre las estimativas para el 2023, el presidente de NTC&Logística, Francisco Pelucio, destacó el resultado de una encuesta que hizo la entidad en la cual se constató que la expectativa del sector no es muy buena para este año ni para el siguiente: “un 27% cree que el mercado debe de mejorar, un 33% cree que empeorará, y un 41% que permanecerá estable”. “Creo que dichas expectativas tengan que ver con el cambio de gobierno que trajo incertidumbre, principalmente en la economía”, comenta el dirigente. “Además, persiste el problema de la guerra entre Ucrania y Rusia, y también hay dudas acerca de cómo será el desempeño de las principales economías del mundo”. De cualquier manera, el presidente de NTC&Logística dice que el sector espera que el nuevo gobierno pueda de alguna manera invertir más en infraestructura vial, eliminando algunos obstáculos históricos. “Al menos el presupuesto anunciado ya es mayor que el anunciado los últimos dos años, esperamos que se aproveche muy bien”, completó. Pelucio recuerda que, por sus características, el transporte depende directamente del desarrollo económico. “Su PIB varía de dos a tres veces el PIB brasileño”, comentó. Sobre los recientes retos del sector, el ejecutivo comentó que el más grande de ellos fue repasarles a los clientes la fuerte alza en los precios de los insumos, principalmente en los dos últimos años: vehículos (+66,7%), mano de obra (+20,6%) y combustible (+ 71,7%).

30 FENATRAN FENATRAN | FENATRAN Fenatran deixou resultado muito Em mais uma edição com intensa participação das associadas da Anfir, a feira gerou R$ 3,5 bilhões em negócios no mercado interno acima das expectativas

31 Ao abrir as portas para o público no Expo São Paulo, em 7 de novembro do ano passado, a Fenatran 2022 dividiu águas. Em geral, não só porque o ambiente de negócios confirmava a volta da normalidade após as restrições impostas pela pandemia da Covid-19, mas também anunciava nova etapa para o transporte rodoviário de carga com a chegada do Proconve P8, em vigor desde 1º janeiro 2023. Para a indústria de implementos rodoviários, a oportuna condição de conversas olho no olho, interrompidas desde 2019, a edição anterior do evento. A exemplo de outras ocasiões, os fabricantes de implementos rodoviários participaram de maneira contundente do evento. Em feira que já se posicionava maior, com área de 100 mil m², 20% a mais em relação a 2019, as associadas da ANFIR ocuparam 13 mil m². Cinquenta empresas montaram estandes no pavilhão paulistano, enquanto na edição anterior 40 estiveram presentes. Ao fim dos cinco dias de exposição, o resultado mostrou que valeu a pena. Pelas contas da ANFIR, foram gerados R$ 3,5 bilhões em negócios para indústria de implementos no mercado interno, ante R$ 2,6 bilhões apurados na Fenatran 2019. Ou seja, 35% a mais em vendas. O valor obtido em 2022 chegou perto de 40% do total da feira estimado pela RX, organizadora da Fenatran, por volta de R$ 9,5 bilhões. As fabricantes associadas ainda tiveram a oportunidade de receber importadores por meio do MoveBrazil, programa de incentivo às exportações em parceria com a ApexBrasil. Em dois dias dedicados a Rodada de Negócios com 25 representantes de dez países renderam US$ 18 milhões. Em 2019, essa interação proporcionou US$ 11,5 milhões. “O mercado respondeu muito bem, acima das nossas expectativas”, resumiu José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR. “Além do interesse do público pelas novidades, o transportador buscou produtos mais eficientes para a futura demanda.” © ra2 studio | Adobe Stock®

32 FENATRAN Segundo Spricigo, os negócios gerados na feira representam as entregas de boa parte de 2023 para consolidar os R$ 3,5 bilhões. A expectativa de mais recorde da safra de grãos movimentou vendas majoritárias para o agronegócio. Cenário que provocou variação negativa, ainda que pequena, no começo do ano. “A indústria atravessou um desempenho estável. O estoque de caminhões Euro 5 praticamente esgotou no início de março, ao mesmo tempo em que a indústria de pesados ajustava a produção de veículos Euro 6”, avaliou o presidente da ANFIR. Para Spricigo, o ano deverá se manter em ritmo oscilante de entregas, mas em patamar conveniente. Como se espera, ano de mudança de legislação ambiental torna o mercado de caminhões menos comprador em função do investimento inicial mais alto. Alinhado com as projeções da Anfavea, Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, o dirigente estima vendas de implementos rodoviários 10% menores em relação a 2022, quando consolidou 154,7 mil produtos, volume perto de 5% menor. “Ainda que registremos mais uma baixa, há uma demanda consistente. Basta entender que para cada unidade de caminhão vendido, 1,3 implemento é entregue.” O presidente da ANFIR ainda pondera dois novos fatores no horizonte. Um deles, a locação de veículos pesados, há bem pouco tempo praticamente inexistente e, atualmente, se mostra cada vez mais presente. “Na própria Fenatran notamos muito esse perfil, que chega com apetite de compras e muito potencial para crescer.” Depois há algumas incertezas naturais geradas pelo novo governo, em especial com relação ao ambiente econômico e condução de programas de estímulos. “Há a expectativa em relação ao Renovar, que se bem-sucedido pode aquecer o mercado, como também entender os movimentos no financiamento, as taxas de juros ou mesmo se ocorrerá maior participação do BNDES. Ao olhar o passado, a tendência é de ter de crédito.”

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34 At Expo São Paulo on November 7 last year, Fenatran 2022 confirmed a return to normal after lockdown and announced a new phase for road transport with the launch of Proconve P8, in force since January 1, 2023. For the road implement industry, this was a welcome return to in-person events, interrupted since 2019. As on other occasions, road implement manufacturers played a big part in the event. In an area of 100,000 m², 20% larger than in 2019, NFIR members occupied 13,000 m². Fifty companies set up in the São Paulo pavilion, while the previous edition had 40. At the end of the five-day event, it was shown to have been worth it. ANFIR calculates that business worth R$3.5 billion was generated for the implement industry in the domestic market, compared with R$ 2.6 billion calculated at Fenatran 2019 – a 35% hike in sales. The value in 2022 was about 40% of the total estimated by RX, the organizer of Fenatran, at around R$ 9.5 billion. Members had an opportunity to welcome importers through MoveBrazil, an export incentive program in partnership with ApexBrasil. Two days dedicated to the Business Round with 25 representatives from ten countries yielded $ 18 million. In 2019, this earned $11.5 billion. “The market responded very well, above our expectations,” says José Carlos Spricigo, president of ANFIR. “In addition to the public’s interest, transport companies wanted more efficient products for future demand.” According to Spricigo, the business generated represents deliveries for much of 2023, to consolidate the R$ 3.5 billion, at that time businesses were focused on the first quarter of the year. The expected record grain harvest drove sales to agribusiness. This scenario resulted in a negative variation, albeit small, at the beginning of the year. “The industry has performed steadily. The stock of Euro 5 trucks was practically run down at the beginning of March, at the same time as heavy industry adjusted production of Euro 6 vehicles,” says the president of ANFIR. Spricigo says deliveries will be decent. As expected, a year of changing environmental legislation reduces demand for trucks because of the higher initial investment. In line with the forecasts by Anfavea, the National Association of Motor Vehicle Manufacturers, the manager estimates sales of road implements to fall by 10% on 2022’s 154,700 products. “Nevertheless, there is consistent demand. For every truck sold, 1.3 implements are delivered,” he says. The president of ANFIR considers two new factors on the horizon. The leasing of heavy vehicles, practically non-existent a while ago, is increasing now. “At Fenatran, we notice this, and there is demand and a lot of potential for growth.” There is some natural uncertainty generated by the new government, especially with regard to the economic environment and stimulus programs. “There is the expectation regarding Renovar, which if successful could boost the market, and in financing, interest rates, or the participation of the BNDES. Based on experience, credit is likely.” Fenatran easily beats expectations In another edition with Anfir members, the show generated R$ 3.5 billion in business in the domestic market FENATRAN

35 Al abrir sus puertas para el público en Expo São Paulo, el 7 de noviembre del año pasado, Fenatran 2022 fue un parteaguas. En general, no solo porque el ambiente de negocios confirmaba el regreso a la normalidad luego de las restricciones impuestas por la pandemia del Covid-19, sino que también anunciaba una nueva etapa para el transporte vial de carga con la llegada del “Proconve P8”, en vigor desde el 1º de enero del 2023. Para la industria de implementos viales, una oportuna condición de conversaciones cara a cara, interrumpidas desde la edición anterior del evento, en 2019. A ejemplo de otras ocasiones, los fabricantes de implementos viales participaron del evento de forma contundente. Las asociadas de ANFIR ocuparon 13.000 metros cuadrados en una feria que ya venía mayor, con un área de 100.000 metros cuadrados – un 20% más que en 2019. Cincuenta empresas armaron sus stands en el pabellón de São Paulo, mientras que en la edición anterior hubo cuarenta presentes. Luego de los cinco días de exposición, el resultado demostró que valió la pena. Por los cálculos de ANFIR, 3,5 billones de reales en negocios para la industria de implementos fueron generados en el mercado interno, frente a los 2,6 billones de reales apurados en Fenatran en 2019. Es decir, un 35% más en ventas. El valor que se obtuvo en 2022 se acercó a los 40% del total de la feria estimado por RX, organizadora de Fenatran, algo como 9,5 billones de reales. Las fabricantes asociadas también tuvieron la oportunidad de recibir importadores por intermedio de “MoveBrazil”, un programa de incentivo a las exportaciones en colaboración con ApexBrasil. Dos días dedicados a la ronda de negocios, con 25 representantes de diez países, rindieron 18 millones de dólares. En 2019, esa interacción proporcionó 11,5 billones de dólares. “El mercado respondió muy bien, por encima de nuestras expectativas”, resumió José Carlos Spricigo, presidente de ANFIR. “Además del interés del público por las novedades, el transportista buscó productos más eficientes para la futura demanda.” Según Spricigo, los negocios generados en la feria representan las entregas de buena parte del 2023 para consolidar los 3,5 billones de reales - en aquel momento, el empresario apuntaba hacia el primer trimestre del año. La expectativa de otro récord en la cosecha de granos movió ventas mayoritarias para la agroindustria, escenario que provocó una variación negativa, aunque pequeña, al inicio del año. “La industria atravesó un desempeño estable. El stock de camiones Euro 5 prácticamente se agotó a comienzos de marzo, al mismo tiempo en que la industria de pesados alineaba la producción de vehículos Euro 6”, evaluó el presidente de Anfir. Para Spricigo, el año deberá mantenerse en un ritmo oscilante de entregas, pero en un nivel conveniente. Como se espera en años de cambios en la legislación ambiental, el mercado de camiones se vuelve menos comprador en función de la inversión inicial más alta. Alineado con las proyecciones de Anfavea, Asociación Nacional de las Fabricantes de Vehículos Automotrices, el dirigente estima ventas de implementos viales un 10% más bajas en relación 2022, cuando se consolidaron 154.700 productos, volumen un 5% menor. “Aun registrando otra baja, hay una demanda consistente. Basta entender que, para cada unidad de camión vendido, 1,3 implementos se entregan.” El presidente da ANFIR pondera también dos factores nuevos en el horizonte. Uno de ellos es el arriendo de vehículos pesados, hasta hace muy poco tiempo prácticamente inexistente, y que actualmente se muestra cada vez más presente. “En la propia Fenatran notamos mucho ese perfil, el cual llega con apetito de compra y mucho potencial para crecer.” Más adelante, hay alguna incertidumbre natural generada por el nuevo gobierno, especialmente en relación al ambiente económico y a la conducción de programas de estímulos. “Hay expectativa hacia “Renovar”, el cual, si resulta exitoso, puede levantar el mercado, como también entender los movimientos de subvenciones, los intereses, o incluso, si habrá una mayor participación del BNDES. Si miramos el pasado, la tendencia es que haya crédito.” Resultados de Fenatran sobrepasaron las expectativas En otra edición con participación intensa de las asociadas de Anfir, la feria generó 3,5 billones de reales en negocios en el mercado interno

38 ARTIGO ARTICLE | ARTÍCULO No setor automotivo, o futuro bate à porta

39 © AlfRibeiro | Adobe Stock® O futuro da cadeia automotiva no Brasil pode ser alicerçado com base na prosperidade e protagonismo Uma extensa avenida de desafios e oportunidades para o setor automotivo mundial foi aberta nos últimos tempos. As transformações que se materializam a cada dia possuem o condão de transformar o setor como jamais visto nos últimos 50 anos. As novas alternativas de propulsão (elétrica, híbrida e célula de combustível), o design arrojado associado às propriedades da tecnologia assistiva, conectividade e eficiência energética – em comunhão aos apelos mundiais pela sustentabilidade/ descarbonização – e as perspectivas para os veículos autônomos e aéreos/voadores requerem dos líderes atenção, organização e preparação para esse momento tão singular que o setor atravessa. Por George Rugitsky*

40 ARTIGO | ARTICLE | ARTÍCULO As modificações em curso têm influenciado a localização das unidades produtivas, o engajamento das marcas, a competição – sobrepondo-se a união entre organizações concorrentes para suportar os vultosos investimentos –, a diversificação e a difusão de novos conceitos, bem como a comercialização e o marketing dos produtos. Em outras palavras, a estratégia dos negócios está sendo afetada por completo. Da montadora ao fabricante de componentes e peças, da distribuidora à rede de varejo, passando pelo segmento da reparação e de implementos rodoviários, todos já percebem as rupturas que batem à porta. Em meio a esse contexto, a pandemia da Covid-19 acelerou essas tendências e aguçou o comportamento das novas gerações que, embora não ignorem os veículos motorizados, reduziram o interesse pela propriedade e uso. O compartilhamento e a busca por alternativas sustentáveis para o deslocamento nos principais centros urbanos abriram alternativas de negócios como a assinatura de veículos. No Brasil há oportunidades interessantes e parte delas já está na mesa. A continuidade do Rota 2030 pode assegurar investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P, D & I) para o desenvolvimento das novas tecnologias e a digitalização das empresas do setor. Em sua primeira fase, o Programa Renovar sinaliza para a substituição de caminhões, ônibus e implementos rodoviários com mais de 30 anos por modelos com menos tempo de uso. Além disso, a diversidade e a qualidade da nossa matriz energética tendem a permitir soluções, como o etanol e o hidrogênio verde, que nos permitiriam lugar de destaque no cenário mundial. Nesses termos, caberia ao governo assegurar condições econômicas adequadas, reduzindo o famigerado “Custo Brasil” e promover ações que reduzam a instabilidade econômica e a insegurança jurídica. O futuro da cadeia automotiva no Brasil pode ser alicerçado com base na prosperidade e protagonismo, apesar de em quase uma década a produção e a comercialização terem ficado muito aquém da capacidade de produção de 4,5 milhões de unidades. Entre 2015 e 2022, foram produzidas, em média, 2,5 milhões de unidades e comercializadas cerca de 2,1 milhões. Para 2023, as projeções reproduzem desempenho parecido. Enquanto a Anfavea projeta crescimento da produção de 2,2% (2,42 milhões), o Sindipeças vislumbra estagnação (2,37 milhões) em relação ao ano anterior. A história das próximas décadas ainda não foi escrita, porém. É possível traçá-la de maneira distinta. Com políticas e estímulos corretos, estratégias adequadas e aproveitamento do potencial que dispomos, poderemos declarar ao futuro que bate à porta: ‘seja bem-vindo”. (*) George Rugitsky é economista-chefe da ANFIR e diretor de Economia e Mercados do Sindipeças/Abipeças

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